Em meio ao abrandamento das medidas de isolamento e a alta dos preços, as vendas reais do varejo, quando descontada a inflação, avançaram 1,9% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Conforme o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), em termos nominais, as vendas atingiram um avanço de 16%.
O levantamento aponta ainda que, descontando o fato de agosto deste ano ter tido um sábado a menos e uma terça-feira a mais, ante o mesmo mês de 2020, as vendas reais teriam avançado 2,4% e as nominais 16,6%.
“O faturamento do Varejo está em crescimento contínuo nos últimos meses, mesmo que com um ritmo menor. No entanto, esse resultado não está associado apenas à retomada da atividade comercial em todo o país”, afirma Pedro Lippi, Head de Inteligência da Cielo.
Segundo ele, em termos nominais, o varejo está 1,4% acima do patamar de 2019, porém, desconsiderando os efeitos inflacionários do período, ainda está 13,5% abaixo, “indicando que ainda há espaço para continuar a retomada das vendas”.
De acordo com a pesquisa, descontada a inflação e com o ajuste de calendário, o macrossetor de bens não duráveis sofreu aceleração na passagem mensal, enquanto bens duráveis e semiduráveis e serviços experimentaram desaceleração.
No macrossetor de bens não duráveis, supermercados e hipermercados colaboraram para a aceleração, enquanto no de bens duráveis e semiduráveis, o destaque para a desaceleração foi o segmento do vestuário.
Por fim, no macrossetor de serviços, o segmento de turismo e transporte foi o principal responsável pela
desaceleração.
O desempenho do varejo vem ajudando, inclusive, na melhora do desempenho do PIB, como apontaram especialistas após a divulgação do IBC-Br, ontem, que veio acima das expectativas.
Fonte: www.infomoney.com.br