Confiança da indústria avança 8,9 pontos, revela pesquisa da FGV

O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 8,9 pontos na passagem de julho para agosto. Essa foi a quarta alta consecutiva, mostrando uma trajetória de recuperação consistente da confiança do empresariado industrial brasileiro depois da queda observada no início da pandemia de covid-19, em março.

Com o resultado, o indicador atingiu 98,7 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, e recuperou 93,8% dos 43,2 pontos perdidos em março e abril.

“Apesar de ainda se mostrarem insatisfeitos com o nível de demanda, a opinião dos empresários sobre a situação dos negócios no momento tem se aproximado cada vez mais do período pré-pandemia. Para os próximos meses, os indicadores de expectativa mostram certo otimismo, com mais de 40% do setor prevendo aumento do ritmo de produção. Contudo, observamos que ainda há muita incerteza das empresas, evidenciada pela dificuldade de recuperação do indicador de tendência dos negócios”, explicou a economista da FGV Renata de Mello Franco.


Confiança em alta

Em agosto, 18 dos 19 segmentos industriais pesquisados tiveram aumento da confiança. O Índice de Situação Atual, que mede a satisfação com o momento presente, subiu 8,7 pontos, atingindo 97,8 pontos. 

Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, cresceu 9,1 pontos e passou para 99,6.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada teve aumento de 3 pontos percentuais e alcançou 75,3%. Com esse resultado, o nível encontra-se no mesmo patamar de março, e apenas 0,9 ponto percentual abaixo de fevereiro (76,2%).



Fonte: Agência Brasil

Confiança da construção se aproxima de patamar pré-Covid, aponta FGV

A confiança dos empresários da construção civil subiu pelo quarto mês seguido em agosto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o indicador se aproxima do patamar anterior à pandemia do coronavírus.

De julho para agosto, o indicador avançou 4,1 pontos, para 87,8 – recuperando 82% das perdas registradas em março e abril.

Confiança da construção de agosto/2020 — Foto: Economia G1


Apesar da recuperação, a coordenadora de Projetos da Construção da FGV, Ana Maria Castelo, aponta em nota que “mesmo com a retomada a um cenário anterior de atividades, o ciclo produtivo foi afetado, uma vez que durante a pandemia muitos negócios foram adiados ou cancelados”.

“Para 35,6% das empresas, os negócios continuam fracos, contra 29% em fevereiro, o que significa que a retomada está sendo mais difícil para algumas empresas”, indicou.

A melhora na confiança foi influenciada principalmente pela percepção sobre a situação corrente, que aumentou 5,8 pontos, para 81,8, na terceira alta consecutiva. Já o Índice de Expectativas (IE-CST) aumentou 2,4 pontos, para 94,1 pontos, recuperando 87,5% das perdas sofridas no bimestre março e abril.



Fonte: www.g1.globo.com

Programa Emergencial de Acesso ao Crédito – PEAC

Dentre as principais linhas de crédito, destaca-se o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – PRONAMPE, instituído pela Lei nº 13.999, de 18 de maio de 2020, que tem como objetivos o fortalecimento e o desenvolvimento dos pequenos negócios durante a pandemia e que teve um reforço de R$ 12 bilhões a ser adicionado ao aporte inicial de R$ 15,9 bilhões.

Apesar da ampla oferta de recursos, são cada vez mais frequentes as notícias de que inúmeras empresas não obtêm empréstimos porque não conseguem atender determinadas condições impostas pelas instituições financeiras, como, por exemplo, o oferecimento de garantias e a apresentação de certidões negativas de débito. Com o intuito de facilitar o acesso dessas empresas ao crédito, a Medida Provisória nº 975, de 1º de junho de 2020, convertida na Lei nº 14.042, de 19 de agosto de 2020, instituiu o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito – PEAC-FGI.

O PEAC-FGI assegura às instituições financeiras garantia de 30% do crédito concedido a empresas de pequeno e médio porte, associações, fundações de direito privado e sociedades cooperativas, excetuadas as sociedades de crédito, que tenham sede ou estabelecimento no País e que tenham auferido no ano-calendário de 2019 receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e inferior ou igual a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).

A expectativa é a ampliação do acesso ao crédito, pois, no âmbito do programa, a instituição financeira não assumirá sozinha os riscos com a concessão de empréstimos. Assim, com a garantia, podem ser oferecidos aos interessados melhores condições de prazo, maiores limites de crédito e diminuição das taxas de juros.

Para fins de cobertura das operações contratadas no âmbito do PEAC-FGI, a União aumentará em até R$ 20 bilhões a sua participação no Fundo Garantidor para Investimentos – FGI, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.

Nos termos do artigo 28 da Lei nº 14.042/2020, ao conceder crédito no âmbito do PEAC-FGI, os agentes financeiros ficam dispensados de exigir os seguintes documentos:

  • Certidão de quitação prevista no artigo 362, parágrafo 1º, da CLT, para as empresas que cumpram o envio das informações relativas à Relação Anual de Empregados – RAIS – emitida pela fiscalização do trabalho;
  • Certidão de quitação eleitoral, nos termos do artigo 7º, parágrafo 1º, inciso IV, da Lei nº Lei nº 4.737/65 – Código Eleitoral;
  • Certidão negativa de inscrição de dívida ativa da União, prevista no artigo 62 do Decreto-Lei nº 147/67;
  • Certificado de Regularidade do FGTS, na forma do artigo 27, caput, alíneas “b” e “c”, da Lei nº 8.036/90;
  • Certidão Negativa de Débitos Previdenciários da empresa, prevista no artigo 47, inciso I, alínea “a”, da Lei nº 8.212/91;
  • Certidão Negativa de Débito por pessoas jurídicas e a elas equiparadas, nos termos do artigo 10 da Lei nº 8.870/94;
  • Comprovação do recolhimento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, conforme o artigo 20 da Lei nº 9.393/96.

A lei também dispensa as instituições financeiras de observarem as seguintes obrigações:

  • Proibição de conceder empréstimos, financiamentos e outros benefícios a pessoas jurídicas em débito com o FGTS, nos termos do artigo 1º da Lei nº 9.012/95;
  • A obrigatoriedade de consulta prévia ao Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal – Cadin, prevista no artigo 6º da Lei nº 10.522/2002.

O artigo 27 da Lei nº 14.042/2020, por sua vez, prevê que, para fins de concessão da garantia, as instituições financeiras habilitadas observarão políticas próprias de crédito e poderão considerar informações e registros relativos aos 6 meses anteriores à contratação que constem de:

  • Cadastros e sistemas próprios internos;
  • Sistemas de proteção ao crédito;
  • Bancos de dados com informação de adimplemento, desde que mantidos por gestores registrados no Banco Central do Brasil; e
  • Sistemas, banco de dados e cadastros mantidos pelo Banco Central do Brasil.

Somente serão elegíveis à garantia do PEAC-FGI as operações de crédito contratadas até 31 de dezembro de 2020 que observarem as seguintes condições: (i) prazo de carência de, no mínimo, 6 meses e, no máximo, 12 meses; (ii) prazo total da operação de, no mínimo, 12 meses e, no máximo, 60 meses; e (iii) taxa de juros nos termos do regulamento.

Para obter um financiamento com a garantia do PEAC-FGI, a empresa interessada deve consultar uma instituição financeira habilitada. De acordo com o BNDES, 35 instituições financeiras já podem operar o programa[1], dentre elas a Caixa Econômica Federal e Agência de Fomento do Estado de São Paulo – Desenvolve SP.



PEAC- Maquininhas

Além do PEAC-FGI, a Lei nº 14.042/2020 instituiu o PEAC-Maquininhas, que permite a concessão de empréstimos de até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas.

Para fins de determinação do valor a ser concedido, o modelo utilizará o histórico de recebimento dos lojistas nas maquininhas de cartão, calculado pela média dos valores mensais apurados entre 1º de março de 2019 e 29 de fevereiro de 2020, excluídos os meses em que o valor mensal for igual a zero.

Nos termos do artigo 14 da Lei nº 14.042/2020, as instituições financeiras participantes do PEAC-Maquininhas poderão formalizar operações de crédito no âmbito do programa até 31 de dezembro de 2020, observados os seguintes requisitos e condições, entre outros: (i) taxa de juros de até 6% ao ano sobre o valor concedido, capitalizada mensalmente; (ii) prazo de 36 meses para o pagamento, incluído o prazo de carência; (iii) carência de 6 meses para início do pagamento, com capitalização de juros durante esse período; (iv) valor do crédito concedido por contratante limitado ao dobro da média mensal das vendas de bens e prestações de serviços do contratante liquidados por meio de arranjos de pagamento, observado, em qualquer hipótese, o valor máximo de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por contratante, podendo esse valor máximo ser alterado por regulamento em função de alterações conjunturais e/ou do desempenho do Programa.

Para garantia da operação de crédito, os contratantes deverão ceder fiduciariamente às instituições financeiras 8% dos seus direitos creditórios a constituir de transações futuras de arranjos de pagamentos, limitado o valor diário máximo de retenção a esse percentual.



Fonte: Core-SP

Confiança do consumidor no Brasil sobe em agosto, mas ritmo de recuperação desacelera, diz FGV

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta segunda-feira que seu Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,4 ponto em agosto, para 80,2 pontos, mesmo nível registrado em março.

Com esse resultado, o índice recupera o total da perda acentuada de 22 pontos registrada em abril, o mês de pandemia que teve o maior impacto econômico devido à imposição de medidas de combate à Covid-19 que forçaram o fechamento de estabelecimentos, gerando fortes quedas no emprego e na renda.

Apesar de ter apresentado seu quarto salto mensal seguido, a melhora da confiança em agosto teve uma desaceleração ante o ritmo da recuperação iniciada em maio, disse a FGV, que destacou “expressiva heterogeneidade entre as classes de renda”.

“Os consumidores de renda baixa registram queda da confiança e parecem agora projetar maiores dificuldades nos próximos meses, o que pode estar relacionado ao fim dos pagamentos de auxílio emergencial”, disse em nota Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do FGV Ibre, acrescentando que as classes intermediárias continuaram confiantes e que a população de maior poder aquisitivo está insatisfeita com a situação atual.

“Os movimentos distintos mostram que não apenas o impacto mas a velocidade de reação pode ser diferente entre os agentes econômicos e devem ser analisadas com atenção”, completou Bittencourt.

Em agosto, o Índice da Situação Atual (ISA), que mede a percepção dos consumidores sobre o momento presente, subiu 0,5 ponto, para 71,5 pontos, nível ainda muito baixo em termos históricos. O Índice de Expectativas (IE) avançou 2,0 pontos, para 87,1 pontos, o melhor resultado desde fevereiro.

O indicador que mede a satisfação presente dos consumidores com a economia avançou 1,2 ponto, para 75,1 pontos, enquanto o indicador que mede a satisfação com a situação financeira familiar cedeu 0,3 ponto, para 68,4 pontos.

A recuperação da confiança do consumidor no Brasil nos últimos meses foi impulsionada por medidas de flexibilização das restrições impostas no combate ao coronavírus em importantes centros econômicos, como São Paulo. Enquanto isso, a doença segue avançando no país, que já registra quase 115 mil mortos.



Fonte: www.uol.com.br

Creça e abasteça!

Para homenagear algumas dessas histórias, o Sistema Confere/Cores está compartilhando a trajetória de representantes comercias que contribuem para a valorização da nossa classe.

Conheça algumas delas:

Mariano Pimentel Jr – São Paulo

Mariano Pimentel Júnior é representante comercial há 48 anos. Atualmente, trabalha com os filhos em São Paulo, representando produtos escolares, variedades, utilidades domésticas, produtos de limpeza e higiene.

O maior orgulho de Mariano é olhar para trás e ver a história da família relacionada à representação comercial. Aprendendo com o passado e olhando para o futuro, Mariano acredita que “não há sucesso na representação sem o uso adequado da tecnologia nos processos gerenciais”.

Mayara Neves Farias – Rio de Janeiro

Há cinco anos, Mayara Neves de Farias atua como representante de calçados no Rio de Janeiro. Durante esse tempo, ela enfrentou algumas dificuldades por ser mulher, mas isso não a impediu de dar grandes passos em sua carreira, chegando a ser promovida por sua excelência no trabalho.

Apaixonada por sua profissão, Mayara sempre diz que “o amor pelo trabalho impacta positivamente as pessoas que têm contato com os produtos representados por nós”.

Julio Roberto Martins – Mato Grosso

Julio Roberto Martins é representante comercial há 25 anos. Atua no estado do Mato Grosso com ferramentas manuais e equipamentos de solda e corte.

Apaixonado por vendas desde sempre, uma das maiores alegrias de Júlio foi quando seu filho disse com orgulho em uma atividade na escola que a profissão do pai é ser representante comercial. Ele lembra com felicidade quando o filho disse a seguinte frase: “minha mãe é dentista e dá aula em universidade, mas meu pai é representante comercial”.

Ana Paula Monteiro Amaral – Rio de Janeiro

Comunicativa desde sempre, Ana Paula se considera uma vendedora nata. Ela atua na área da representação comercial há 12 anos e trabalha com materiais de construção no Rio de Janeiro.

Nos primeiros sete anos de carreira, ela já mostrava toda a sua dedicação ao atender simultaneamente 21 municípios do Rio de Janeiro, saindo de casa na segunda-feira de manhã e só voltando na sexta-feira à noite. Toda essa dedicação e talento se converteu em reconhecimento: Ana Paula ganhou vários prêmios na empresa em que trabalha, conquistando o seu merecido espaço no mercado.

Para Ana Paula, “a satisfação de um cliente cliente sempre está em primeiro lugar, com isso você gera reconhecimento, credibilidade e um forte relacionamento”.

Fernando Maurício Maciel Silva – Minas Gerais

Fernando Maurício Maciel se tornou representante comercial há apenas sete meses. No início, ele enfrentou dificuldades para firmar parcerias com as representadas. Com a chegada da pandemia de Covid-19, os desafios aumentaram, prejudicando seus resultados.

“Em julho de 2019 fui demitido de uma grande empresa e achei que era o momento de partir para uma carreira solo pois já estou com 50 anos. Mas a realidade foi outra.

Diante de tantas adversidades, Fernando resolveu contar sua história e buscar auxílio no Confere. O Conselho entrou em contato para dar esclarecimentos sobre a Lei nº 13.999, que trata de uma nova linha de crédito para microempresas, bem como apresentar oportunidades de novas representadas.

Peron Alves Costa – Minas Gerais

Há três anos, Peron Elves Costa representa calçados e acessórios em Uberlândia. Para garantir o desempenho das coleções e o sucesso de lojistas, ele acompanha de perto o resultado do seu trabalho visitando os pontos de venda.

“Fazer parte de um grupo seleto de representantes de um dos maiores grupos calçadistas do varejo mundial me enche de felicidade e me dá forças para melhorar o meu trabalho a cada dia.”

George Savio de Arruda Pereira – Mato Grosso do Sul

Desde o início da sua carreira, há 23 anos atrás, George Savio de Arruda Pereira sempre sonhou alto. Por isso, ele sempre se propôs a superar desafios.

Para ser representante comercial, George se mudou do Mato Grosso para o Mato Grosso do Sul, onde vive com sua família na cidade de Campo Grande. Tanta dedicação se transformou em uma grande realização: George se tornou líder de mercado em aparelhos de barbear descartáveis na região em que atua.

Mas isso não significa que todos os desafios foram superados. George diz que “devemos seguir lutando pela união e conscientização da nossa categoria, valorizando nossas entidades de representação”. 

Escreva você também a sua história de sucesso! Aproveite as oportunidades de negócios disponíveis em: www.confere.org.br/oportunidades_negocios.php

Confiança do empresário do comércio cresce 11,5% em agosto

A confiança do empresário do comércio cresceu 11,5% em agosto e alcançou 78,2 pontos, na comparação com o mês anterior. É a segunda taxa mensal positiva consecutiva e a maior da série histórica do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec). Os avanços nos três subíndices do indicador, medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) favoreceram o resultado. 

De acordo com a CNC, apesar de permanecer na zona de avaliação pessimista, que é abaixo dos 100 pontos, a alta mensal foi a maior desde o início da realização da pesquisa, em abril de 2011. No comparativo anual, no entanto houve queda de 32%.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a retomada econômica do país se dá de forma gradual, porque a redução em praticamente todos os segmentos foi bastante intensa durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Na visão dele, os indicadores de atividade dos principais setores da economia têm mostrado que o fundo do poço da crise foi em abril. 

Tadros destacou a influência do comércio eletrônico no setor como resposta à pandemia. Ele defendeu a necessidade da reabertura gradativa do comércio não essencial. “Apesar das restrições que a covid-19 ainda impõe para as vendas físicas, o varejo tem viabilizado parte do faturamento pelo comércio eletrônico e outros canais digitais”, disse.


Subíndices

Entre os três subíndices do Icec que apresentaram alta em agosto, o destaque foi para o que avalia as expectativas para o curto prazo. A elevação ficou em 17,8%, se comparado a julho. Isso, para a CNC, revela o otimismo dos comerciantes para os próximos meses em relação à economia e ao desempenho tanto do comércio como da própria empresa. Com esse crescimento, o item chegou a 127,1 pontos e se consolidou como o de maior nível entre os principais indicadores da pesquisa.

A avaliação dos comerciantes com relação ao desempenho da economia nos próximos meses subiu 19,3%, o segundo aumento consecutivo, e alcançou 116,5 pontos. Com isso voltou à zona de avaliação otimista. 

Para a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, isso reflete a sensação dos empresários para os próximos meses. “Cresceu a proporção de empresários que esperam melhora do nível de atividade econômica nos meses a frente: 64,7% em agosto, contra 50,8%, em julho. Por outro lado, as avaliações correntes da economia estão em nível ainda muito baixo, a 85 pontos do nível pré pandemia”, observou.

O indicador que mede a satisfação dos comerciantes com as condições atuais teve alta de 5,9%, o primeiro em cinco meses, após acumular quedas intensas em abril, maio, junho e julho. O item atingiu 36,9 pontos, o que representa 58,2% atrás da pontuação registrada em agosto de 2019.


Contratação

O índice que avalia as intenções de investimento cresceu 4,3%, a primeira alta desde abril e chegou a 70,5 pontos. Entre os indicadores de investimento, a intenção de contratação de funcionários registrou crescimento recorde de 13,9% em agosto, chegando a 77,9 pontos, apesar de estar 48 pontos abaixo do nível pré-pandemia. 

Izis Ferreira informou que pela primeira vez, desde dezembro de 2019, aumentou a proporção de empresários do comércio que relataram intenção de ampliar o quadro de funcionários, que saiu de 25,1% em julho para 33,2% em agosto. De acordo com a economista, esse movimento é influenciado pela reabertura gradual e expectativas de melhor desempenho do setor no último quadrimestre.

“O último trimestre do ano concentra a principal data para o comércio, com aumento sazonal das vendas entre novembro e dezembro, o que motiva a contratação de funcionários, mesmo os temporários”, apontou.


Icec

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio é o indicador mensal antecedente, pesquisado entre os tomadores de decisão das empresas do varejo. A intenção é verificar as tendências das ações do setor do ponto de vista do empresário. Aproximadamente 6 mil empresas em todas as capitais do país compõem a amostra, e os índices apresentam dispersões que variam de zero a 200 pontos.



Fonte: Agência Brasil

Confere realiza sua primeira Reunião Plenária por videoconferência

Essa é uma das medidas preventivas do Conselho para reduzir os riscos de contaminação do coronavírus (COVID-19).

Para cumprimento do disposto no parágrafo único do artigo 25da Lei nº 4.886/65, na ordem do dia, foram julgadas e aprovadas as Propostas Orçamentárias para 2020, as Aberturas de Créditos Suplementares ao Orçamento de 2019 e as Prestações de Contas do Confere e dos Cores, referentes ao exercício de 2019.

Em seguida, foram apresentados e aprovados o Relatório de Gestão do Confere do exercício de 2019 e o Plano de Ação do Confere para 2020.

A unanimidade do Plenário, também, referendou as Resoluções editadas pelo Confere e os Atos Homologatórios de Eleições para composição dos Conselhos Regionais, assim como aprovou o Plano Nacional de Fiscalização do Sistema Confere/Cores.

A próxima Reunião Plenária Extraordinária está prevista para o dia 23 de novembro, na qual serão abordados outros assuntos pertinentes à Representação Comercial no País.

Ao final, o diretor-presidente do Confere, Manoel Affonso Mendes, que conduziu a reunião, agradeceu a colaboração, celeridade e diligência dos delegados dos Conselhos Regionais na votação das matérias: “Obrigado pela presença de todos, que graças a Deus, estão com saúde. A reunião foi bastante produtiva, além de discutirmos assuntos administrativos e financeiros, debatemos ações de interesse da classe, que serão melhoradas e executadas nos próximos meses”.



Reabertura reduz perdas de empresas com pandemia, diz IBGE

A reabertura do comércio na maior parte do país reduziu, na primeira semana de julho, o número de empresas que veem impactos negativos da pandemia em seus negócios, informou nesta terça (18) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A conclusão é da pesquisa Pulso Empresas, criada para avaliar os impactos da pandemia nas empresas brasileiras. Ao todo, segundo o IBGE, 44%, das empresas pesquisadas disseram ter sentido impactos negativos nos negócios na primeira quinzena de julho.

O valor é menor do que os 62,4% verificados na quinzena anterior, na primeira edição da pesquisa, referente à primeira quinzena de junho, eram 70%. “Ainda há uma grande incidência de impacto negativo, mas já começamos a perceber uma melhora”, diz o coordenador de Pesquisas Conjunturais de Empresas do IBGE, Flávio Magheli.

Entre as empresas entrevistadas, 28,2% relataram ter sofrido efeito pequeno ou inexistente e outras 27% disseram ter sentido efeitos positivos da pandemia em suas atividades. Foi a primeira vez, nas três edições da pesquisa, que esse contingente é maior do que aquelas que têm efeito negativo.

O comércio teve maior contingente de empresas com percepção de impacto negativo sobre os negócios: 51,6%. O setor foi o menos prejudicado pela pandemia no Brasil e, em julho, já havia recuperado o patamar de vendas de antes da crise.

Por outro lado, a melhora de percepção foi grande no setor de serviços, o mais afetado pela crise, já que depende da abertura de estabelecimentos e da circulação de pessoas para funcionar. Nesse setor, o volume de empresas com percepção de efeitos negativos chegou a 74,4% no início de junho, depois caiu para 65,5% e agora é 47%.

No segmento de serviços prestados às famílias — que inclui hotéis, restaurantes, academias e salões de beleza, por exemplo — ainda é maioria (55%) o número de empresas que têm percebido impactos negativos. Esse segmento inclui ainda atividades de lazer, como cinemas, que permanecem fechadas mesmo após a reabertura.

A segunda atividade com maior percepção de perdas são os serviços profissionais, administrativos e complementares (48,3%), que incluem limpeza predial e terceirização de mão-de-obra, atividades que perdem com o fechamento de escritórios e a adoção do home office.

No comércio, a queda foi de 64,1% para 44%. A indústria, por outro lado, apresentou estabilidade, com um impacto negativo em 42,9% das empresas entrevistadas.

“Esse cenário retrata o processo de reabertura, com maior fluxo de pessoas refletindo-se nos negócios. É natural que a percepção negativa vá reduzindo a cada quinzena, na medida que o isolamento social vá diminuindo”, comentou Magheli.

As pequenas empresas (com até 49 funcionários) são as mais afetadas, com 44,9% tendo relatado impacto negativo no período da pesquisa. Entre médias empresas (de 50 a 499 funcionários) e as de maior porte (a partir de 500 funcionários), o impacto foi menor: 39,1% e 39,2%, respectivamente.

Entre os impactos negativos mais citados pelas empresas, estão a queda nas vendas (46,8% disseram ter sentido o problema) e dificuldade de realizar pagamentos de rotina (citada por 47,4% das empresas).

O IBGE estima que oito em cada dez empresas do país mantiveram funcionários após a pandemia. Para 13,5 houve redução e, para 5,3% houve aumento no número de empregados. O maior percentual de empresas que demitiram é na faixa intermediária (de 50 a 499 funcionários) e empresas de maior porte (500 ou mais).



Fonte: Folha de S. Paulo

BC: atividade econômica mostra sinais de recuperação parcial

Indicadores de atividade mostram sinais de recuperação parcial da economia brasileira, avaliou o Banco Central (BC), no Boletim Regional divulgado hoje (14). “Todavia, a atividade econômica mostra sinais de recuperação parcial, com setores mais diretamente afetados pelo distanciamento social ainda bastante deprimidos, apesar da recomposição de renda gerada pelos programas de governo [como o auxílio emergencial], informou o BC.

“Mesmo com melhor conhecimento da dimensão dos impactos iniciais da pandemia, o grau de incerteza sobre o ritmo de recuperação da economia permanece acima do usual, sobretudo a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais.”

Na avaliação por regiões, “os impactos econômicos da pandemia foram relevantes e de intensidade relativamente semelhante, com exceção do Centro-Oeste, que registrou efeitos menos pronunciados”.

A retração da atividade econômica entre as regiões do país variou de 3,5% no Centro-Oeste a 8% no Nordeste, no trimestre encerrado em maio, na comparação com o período anterior (dados com ajustes sazonais).


Região Norte

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central da Região Norte (IBCR-N) recuou 6,9% no trimestre até maio, em relação ao encerrado em fevereiro (0,6%), de acordo com dados dessazonalizados (ajustados para o período), com retrações de 4,5% no Pará e de 15,2% no Amazonas.

“A diminuição das vendas do comércio varejista, mais acentuada do que a observada na média do país, refletiu, em grande parte, o isolamento social intenso no período. Indicadores de acompanhamento mais tempestivos sugerem recuperação das vendas em junho e início de julho, em linha com a redução do distanciamento social”, disse o BC.


Região Nordeste

No Nordeste, o impacto da pandemia sobre a atividade econômica, no trimestre encerrado em maio, foi disseminado entre as atividades, com exceção do setor agropecuário, que se beneficiou de condições climáticas favoráveis. O IBCR-NE apresentou recuo de 8% no trimestre encerrado em maio.

“A despeito do dinamismo da agricultura e da maior abrangência do auxílio emergencial na região, que serviram como fatores de mitigação da crise sanitária, prevaleceram os efeitos contracionistas do distanciamento social sobre os serviços e segmentos industriais ligados ao comércio (vestuário, calçados e têxtil)”, destacou a instituição.

Alguns sinais de recuperação são mais evidentes nos dados mensais da produção industrial e do comércio varejista em maio. “Indicadores com informações mais recentes sinalizam continuidade da recuperação parcial da economia nos meses de junho e no início de julho”, acrescentou.


Região Centro-Oeste

O nível de contração da economia do Centro-Oeste, no trimestre encerrado em maio, foi menos intenso do que o observado no país, refletindo, principalmente, a estrutura econômica regional, que apresenta maior participação de atividades relacionadas com o setor primário (segmento que produz matérias-primas, como agricultura, pecuária e extrativismo mineral) e com o beneficiamento e distribuição desses produtos, aliada ao desempenho recorde da safra de soja.

“Ainda que o setor primário tenha apresentado resultado positivo, foram significativas as adversidades impostas sobre as atividades de serviços mais intensivas em mão de obra”, disse o BC.

O IBCR-CO, na série com ajuste sazonal, recuou 3,5% no trimestre encerrado em maio, com retração menos intensa do que as registradas nas demais regiões do país. “A retomada da economia chinesa, a colheita da segunda safra de milho e a resiliência do setor industrial local permanecesendo elementos de sustentação da atividade econômica na região nos próximos trimestres.”


Região Sudeste

O Banco Central destacou que a trajetória dos principais indicadores econômicos do Sudeste confirmou, até o trimestre encerrado em maio, o impacto significativo da pandemia da covid-19.

O IBCR-SE recuou 6,6% no período, em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, quando decrescera 0,1%, no mesmo tipo de comparação. Embora tenha registrado queda trimestral, o indicador cresceu 2,2% em maio comparativamente ao mês anterior, considerados dados dessazonalizados.

“Adicionalmente, a evolução de dados mais tempestivos – como os de consumo de energia elétrica e vendas com cartão de débito – sugere que a economia continuou o processo de recuperação em junho e início de julho. Prospectivamente, o ritmo e a sustentação da recuperação permanecem bastante incertos, em parte, decorrente da pouca previsibilidade associada à evolução da pandemia.”


Região Sul

O IBCR-S recuou 6,8% no trimestre encerrado em maio. Segundo o BC, na região “o cenário permanece desafiador, em particular, pelo impacto severo no mercado de trabalho e pelo grau de incerteza ainda presente na economia, em razão do estágio ainda crescente da pandemia, diferentemente do que ocorre em outras regiões”.



Fonte: Agência Brasil

Desempenho de pequenas indústrias é recuperado no segundo trimestre

Depois de sofrer um tombo em abril, por causa da pandemia do novo coronavírus, a atividade das indústrias de pequeno porte recuperou-se no restante do segundo trimestre, revelou pesquisa divulgada hoje (13) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Indicador de Desempenho da Pequena Indústria fechou junho em 41,3 pontos, um pouco abaixo do registrado em junho de 2019 (41,8 pontos) e próximo da média histórica de 42,7 pontos.

Média ponderada do desempenho das pequenas indústrias extrativas, de transformação e da construção, o indicador varia de 0 a 100 pontos. Quanto maior o nível, melhor o desempenho. Em abril, um mês depois do início da pandemia, o índice chegou a 27,1 pontos. Em maio, subiu para 33,8 pontos.

Segundo a CNI, o salto de 7,5 pontos em junho indica que o pior momento da crise parece ter passado, mas que a reposição das perdas trazidas pela pandemia de covid-19 levará tempo. A entidade cobra a conclusão da reforma tributária em discussão no Congresso Nacional como ponto crucial para a retomada da atividade econômica no médio e no longo prazo.


Situação financeira

Diferentemente da atividade, que apresenta recuperação em “V” (termo usado para designar recuperações rápidas depois de quedas bruscas), o Índice de Situação Financeira da Pequena Indústria cresceu levemente no segundo trimestre. O indicador passou de 32 pontos no fim de março para 33,2 pontos no fim de junho, sinalizando que as finanças das pequenas indústrias continuam comprometidas pela crise econômica.

O índice também varia de 0 a 100 pontos e mede parâmetros como o endividamento e a capacidade de honrar compromissos das pequenas empresas. O resultado de junho está semelhante a níveis de 2017 e está 3,2 pontos abaixo do registrado no fim do segundo trimestre do ano passado e 3,9 pontos abaixo da média histórica de 37,1 pontos.


Confiança

Indicador que mede as expectativas para os próximos meses, o Índice de Confiança do Empresário Industrial das pequenas empresas encerrou julho em 48,8 pontos. Embora o indicador tenha tido alta expressiva, subindo 7,2 pontos em junho e 6,8 pontos no mês passado, o pequeno empresário industrial continua pessimista, ainda que em menor intensidade.

Segundo a CNI, a confiança continua limitada pela percepção ainda negativa dos empresários quanto às condições atuais de negócios em decorrência da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Índices acima de 50 pontos refletem otimismo e abaixo dessa marca refletem falta de confiança. O índice tinha caído 25,2 pontos em abril e subido apenas 0,2 ponto em maio.



Fonte: Agência Brasil