Comércio varejista atinge maior patamar de vendas em 20 anos

O volume de vendas do comércio varejista brasileiro teve alta de 3,4% na passagem de julho para agosto deste ano. Com o resultado, o indicador atingiu o maior patamar da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), iniciada em 2000, ficando 2,6% acima do recorde anterior, de outubro de 2014.

Essa foi a quarta alta consecutiva do indicador, depois dos recuos de 2,4% em março e de 16,7% em abril, devido ao início das medidas de isolamento adotadas por causa da pandemia de covid-19. O estudo foi feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

O varejo também registrou altas de 5,6% na média móvel trimestral, de 6,1% na comparação com agosto de 2019 e de 0,5% em 12 meses. No acumulado do ano, no entanto, teve queda de 0,9%.

Na passagem de julho para agosto, cinco das oito atividades do comércio varejista tiveram alta: tecidos, vestuário e calçados (30,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%), móveis e eletrodomésticos (4,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,5%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%).


Perdas

Ao mesmo tempo, houve perdas nos segmentos de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos (-1,2%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-24,7%).

O varejo ampliado, que também inclui materiais de construção e veículos/peças teve crescimento de 4,6% na comparação com julho deste ano, com altas nos materiais de construção (3,6%) e nos veículos, motos e peças (8,8%).

O varejo ampliado também cresceu 7,6% na média móvel trimestral e 3,9% na comparação com agosto do ano passado. Mas teve perdas de 5% no acumulado do ano e de 1,7% no acumulado de 12 meses.

A receita nominal do varejo teve altas de 3,9% na comparação com julho deste ano, de 10,1% na comparação com agosto de 2019, de 2,4% no acumulado do ano e de 3,4% no acumulado de 12 meses. Já a receita do varejo ampliado teve altas de 5,2% se comparado com o mês anterior, de 7,7% em relação a agosto do ano passado e de 1% em 12 meses. Mas teve queda de 1,8% no acumulado do ano.



Fonte: Agência Brasil

Número de empresas em funcionamento cresce em 252,8 mil em um mês

A retomada da economia está se refletindo no aumento do número de empresas em funcionamento. Segundo o Mapa de Empresas do Ministério da Economia, em setembro foram abertos 252.840 negócios a mais do que foram fechados.

Em 31 de agosto, havia 19.289.824 empresas ativas no país. Em 30 de setembro, o número aumentou para 19.542.664.

As atividades econômicas de maior destaque na criação de empresas em setembro foram: cabeleireiros, manicure e pedicure; comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios; comércio varejista de bebidas; restaurantes e similares.

Cada empresa levou em média 2 dias e 21 horas para ser aberta em setembro, o mesmo tempo registrado em agosto. Do total de empresas criadas no mês passado, 32,8% demorou menos de um dia para abrir.

A Estratégia de Governo Digital prevê a redução do tempo médio de abertura de empresas no país para apenas um dia até o fim de 2022. Em 21 meses, o intervalo caiu quase à metade. Em janeiro do ano passado, cada empresa levava, em média, 5 dias e 19 horas para ser aberta.

Segundo a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, a modernização das Juntas Comerciais e a ampliação da oferta de serviços no portal gov.br contribuíram para a redução do tempo médio de abertura de empresas.

Medidas que entraram em vigor com a Lei de Liberdade Econômica, como o registro automático de empresas e a dispensa de alvará para atividades de baixo risco, também foram decisivas na avaliação do órgão.



Fonte: Agência Brasil

Empreendedorismo cresce e bate recorde em meio à pandemia

“Embora seja um dia de celebração para os micro e pequenos negócios, vivemos um momento muito difícil, onde a micro e pequena empresa está dentro de um redemoinho causado pela pandemia. Estamos começando a ter que voltar a pagar os impostos que foram suspensos por alguns meses, entre abril e setembro, e o acesso a crédito ainda é um dos principais problemas”, comenta Carlos Melles diretor do Sebrae.

Como empreender pode ser uma alternativa para um ambiente de incerteza onde mesmo com a baixa da taxa básica de juros não encontramos crédito para os Pequenos Negócios? Como estruturar uma iniciativa pautada em inovação com processos e canais pautados no Digital sem investimento primário, com a alta do desemprego e o aumento da precarização do trabalho causado por inúmeros fenômenos como por exemplo a Gig economy?

Para entendermos como empreendedorismo compulsório pode se tornar oportunidade quando um negócio é estruturado destaco três iniciativas inovadoras pautadas em diversificação de produtos, economia criativa colaborativa e digital service em educação que se reinventaram ou alavancaram durante a crise:


DaMinhaCor

As iniciativas para lançamentos das linhas de produtos da DaMinhaCor e Nubia.Afri vem da observação de dentro de casa das mulheres da família, num segundo momento ratificaram que o problema identificado não era uma particularidade familiar e sim de muitas pessoas, ou seja identificaram um MERCADO ainda não atendido. A partir deste momento geraram um modelo de negócios onde buscaram referências em outros países e até uma produção é feita fora do país na busca de um produto inovador. Desta maneira confeccionam toucas de natação e toucas descartáveis para cabelos volumosos (atendendo cabelos crespos, cacheados, trançados e com dread locks, um mercado esquecido e marginalizado pelas concorrentes) moda esportiva e linha de maquiagem (com uma vasta diversificação para peles mais melaninadas). Ainda neste ano 2020 destacam que possuem mais dois lançamentos para fazer nas áreas de maquiagem e educação.

Antes de empreender na DaMinhaCor eu já praticava intraempreendedorismo em uma empresa do segmento de energia, onde idealizei e implantei o “paperless” na área de Compras e Negociações, como parte desta ação de maneira pioneira no Brasil o uso do token e-CPF para assinatura digital de contratos, transformando a área em benchmark para o mercado, comenta Mauricio Delfino fundador das iniciativas.

A empresa tem 2 anos e meio, e o faturamento no primeiro ano foi acima de de R$ 1 MM.

Nós estamos conquistando e ocupando espaços, e esses lugares precisam estar preparados para nos receber. Seja uma escola de natação para receber um aluno com os cabelos afro super volumosos ou um hospital, clinica ou restaurante para fornecer uma touca descartável para seus profissionais, completa Delfino.


A Pequena África

A Pequena África Boutique nasceu em 2019 pelo desejo de fortalecer marcas de empreendedores pretos a partir da força do coletivo. Uma loja colaborativa situada no coração do centro da cidade do Rio de janeiro onde afroempreendedores compartilham e potencializam seus negócios. A inovação se dá em ocupar um espaço que muitos deles não conseguiriam arcar sozinhos e ainda dividir outros serviços reduzindo custos, ampliando networking, compartilhando público (que em sua maioria é um cliente em potencial para quase todos), utilizando a estratégia de community building como força de marca e propósito.

A Pequena África Boutique é composta por nove marcas de produtos diferenciados criados especialmente para seus clientes, um espaço onde você encontra A Modash que é uma marca de moda afro Brasileira, A Clichêe Acessórios marca de bijuterias afro, Ilé Décor decoração e mesa posta afro, Lylli Afro arte de vestir vestidos e bijuterias em resina pintados à mão, Kurandé Cosméticos produtos de cosmética natural , Lira_Camisaria autoral de estampas exclusivas, Negrei marca de comunicação antirracista , Estampa Brasil marca de bolsas com estamparia autoral e sustentável e cosméticos da Negra Rosa, maquiagem especializada para pele negra.

Na pandemia a loja passou a fazer um evento virtual chamado Lonlon, escolheram esse nome pelo significado em África : afeto! E é isso o que todos precisamos nesse momento inusitado. Esse evento online era interativo com participação de convidados, bate-papo, empreendedores convidados, intervenções artísticas e nos intervalos nossos empreendedores apresentando seus produtos e mostrando o que fizeram durante o isolamento social. As lojas também aproveitaram para digitalizar seus negócios aderindo ao Marketplace do Mercado Black Money e também desenvolvendo lojas próprias virtuais. Foram as estratégias que encontraram para diminuir a distância e reduzir o impacto do isolamento.


HB Consulting

A HB Consulting, educação em língua estrangeira com foco à distância, nasceu por duas razões: as dificuldades geradas pelo racismo estrutural e a necessidade do engajamento preto em iniciativas de fortalecimento, reconhecimento, representatividade e autonomia. Em 2005, o mercado de petróleo e gás estava em alta e a maioria das empresas oferecendo oportunidades nessa área eram multinacionais que exigiam inglês intermediário dos funcionários. Havia também muitas oportunidades fora do Brasil e alguns engenheiros iam trabalhar nessas empresas cursando inglês online pelo Skype. Humberto Baltar, fundador da iniciativa, começou a trabalhar em um curso que oferecia esse modelo de aulas, mas a remuneração era muito baixa e não havia perspectiva de crescimento. Nos demais cursos de inglês, o cenário era o mesmo. As oportunidades de promoção e ofertas de turmas eram menores para professores iniciantes, especialmente pretos, independente da qualificação. Mas ele não se achava digno de ter seu próprio negócio e também não tinha acesso à informação sobre como abrir um microempreendimento. As pessoas diziam que precisava ter um contador, pagar uma quantia altíssima por mês e diversas taxas. Quando finalmente Humberto decidiu abrir a HB, no dia em que foi tirar o alvará a funcionária da prefeitura pediu a procuração de quem estava abrindo o negócio, como se fosse impossível uma pessoa preta ter esse tipo de iniciativa.

O ano era 2013 e mesmo hoje os empreendedores pretos encontram as mesmas dificuldades. Nas palavras de Humberto: comecei com pouquíssimos alunos e com a ajuda de outros empreendedores, especialmente no Movimento Black Money, aprendi a cobrar fora do país usando o PayPal e hoje me orgulho de ter as maiores empresas do país e alunos em todos os continentes da nossa carteira de clientes. Valeu a pena acreditar. Buscamos facilitar o acesso da comunidade negra ao ensino de inglês com condições especiais e ofertas de parceria e marketing onde todos saem ganhando. Dessa forma, ajudando outros empreendedores e a comunidade negra em geral, o negócio decolou em receita e parcerias.

São casos que demonstram que empreender está além de abrir um negócio ou gerar renda para subsistência, é transformar socialmente o ecossistema que se encontra.



Fonte: www.uol.com.br

Outubro Rosa – Mês de combate ao câncer de mama

Por isso, é importante que as mulheres observem suas mamas constantemente, seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano. Em caso de descoberta de pequenas alterações mamárias, é necessário procurar os serviços de saúde para avaliação diagnóstica.

É importante lembrar que o diagnóstico precoce do câncer aumenta consideravelmente as chances de cura. Por isso, fique atenta e cuide da sua saúde!

Você sabia que o câncer de mama pode ser detectado em fases inicias? Em grande parte dos casos, o diagnóstico precoce aumenta a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com maiores chances de sucesso.

Faça o autoexame e fique atenta a qualquer sinal de alteração nas mamas. Não use a falta de tempo como desculpa para cuidar da sua saúde e visite um médico periodicamente.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis.

Como medidas que podem contribuir para a prevenção primária da doença, recomenda-se a prática de exercícios, a manutenção de um peso corporal adequado, a adoção de uma alimentação saudável e a redução do consumo de álcool. Amamentar também é um fator protetor.

Você sempre cuidou da sua carreira profissional. Agora chegou a hora de cuidar da sua saúde! Faça o autoexame das mama e visite um médico periodicamente.

Começa hoje registro de chaves digitais do Pix

Novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), previsto para começar a funcionar em novembro, o Pix entrará oficialmente em teste nesta segunda-feira (5). A partir de hoje, os clientes poderão registrar as chaves digitais de endereçamento para enviar ou receber recursos em 644 instituições financeiras.

Segundo o BC, as chaves são o “método fácil e ágil” de identificação do recebedor. Desta forma, o pagador não precisará de dados como número da instituição, agência e conta para fazer uma transferência.

Para cadastrar a chave, basta acessar o aplicativo da instituição em que tem conta e fazer o registro, vinculando a uma conta específica uma das três informações: número de telefone celular, e-mail ou CPF/CNPJ. As informações serão armazenadas em uma plataforma tecnológica desenvolvida e operada pelo BC, chamada Diretório Identificador de Contas Transacionais (DICT), um dos componentes do Pix.

Anteriormente previsto para iniciar em 3 de novembro, o registro das Chaves Pix foi antecipado para que os clientes e as instituições tenham mais tempo para se familiarizar com o novo sistema. Estarão disponíveis antecipadamente todas as funcionalidades para a gestão das chaves, como registro, exclusão, alteração, reivindicação de posse e portabilidade. As regras específicas constam de regulamento publicado pelo BC em agosto.

Neste período antecipado, a participação das instituições financeiras e de pagamentos no registro das chaves ocorre de forma facultativa. O único pré-requisito exigido é a conclusão bem-sucedida da etapa de homologação.


Operação

O Pix funcionará 24 horas por dia e reduzirá para 10 segundos o tempo de liquidação de pagamentos entre estabelecimentos com conta em bancos e instituições diferentes. As transações poderão ser feitas por meio de QR Code (versão avançada do código de barras lida pela câmera do celular) ou com base na chave cadastrada.

A nova ferramenta trará agilidade em relação a sistemas atuais de pagamento, como a transferência eletrônica disponível (TED), que leva até duas horas para ser compensada, e o documento de ordem de crédito (DOC), liquidado apenas no dia útil seguinte.

No caso de empresas, a plataforma traz vantagens em relação ao pagamento por cartão de débito. Isso porque o consumidor pagante não precisará ter conta em banco, como ocorre com os cartões. Bastará abastecer a carteira digital do Pix para enviar e receber dinheiro.


Cronograma

5 de outubro: Início do processo de registro de chaves de endereçamento

3 de novembro: Início da operação restrita do Pix

16 de novembro: Lançamento do Pix para toda a população



Fonte: Agência Brasil

Impactos negativos da covid-19 nas empresas diminuíram em agosto

Os impactos negativos da pandemia da covid-19 foram sentidos por 33,5% das 3,4 milhões de empresas brasileiras na segunda quinzena de agosto, contra 38,6% medidos no período anterior. Na primeira quinzena de junho, o efeito negativo foi sentido por 70% do total. Outras 37,9% tiveram impacto pequeno ou inexistente e 28,6% sentiram efeitos positivos com a crise sanitária na segunda quinzena de agosto. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid19 nas Empresas.

Empresas de todos os portes relataram a melhora na percepção. Segundo o IBGE, os efeitos pequenos ou inexistentes foram sentidos por 52,6% das empresas de grande porte, 43,3% das médias e por 37,8% das menores. As de porte intermediário tiveram a maior percepção dos efeitos positivos, com 33,8%.

De acordo com o coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE, Flávio Magheli, nos primeiros meses da crise sanitária os impactos estavam relacionados à demanda por vendas, produção e atendimento, com o fechamento das lojas e o isolamento social. Depois, os problemas foram de oferta e acesso à cadeia de suprimentos. Com a flexibilização das medidas restritivas, está ocorrendo um processo de retomada gradual.


Atividades

As empresas de construção (40,0%) e do comércio (36,0%) foram as que relataram mais efeitos negativos na quinzena, as mesmas atividades da quinzena anterior. A indústria (40,3%) e o setor de serviços (43,2%) relataram mais impactos pequenos ou inexistentes, com destaque para os segmentos de serviços de informação e comunicação (68,7%) e serviços de transporte (48,8%). Segundo Magheli, o perfil do impacto mudou no decorrer da pandemia.

“Do ponto de vista setorial, no início da pesquisa, há uma incidência forte de dificuldades na indústria, na construção, nos serviços e principalmente no comércio, devido à grande dependência dos pequenos comércios em relação às lojas físicas. Ao longo desses três meses, ocorreu uma retomada gradual, mas no final de agosto 33,5% das empresas ainda sinalizam algum grau de dificuldade”.

Na análise regional, no período analisado os efeitos foram pequenos ou inexistentes para 37,4% das empresas na região Norte; 37,3% no Sudeste; 42,9% no Sul e 40,7% no Centro-Oeste. Com a maior abertura econômica nos estados do nordeste, a região se destaca com 45% das empresas relatando efeitos positivos na segunda quinzena de agosto.


Vendas

A redução nas vendas foi percebido por 32,9% das empresas, 34,7% tiveram impactos pequenos ou inexistentes e 32,2% relataram aumento nas vendas. O setor mais afetado pela redução nas vendas foi a construção, com 42,7%. O aumento foi sentido por 40,7% das empresas do comércio, sendo 43% no comércio varejista e 46,6% comércio de veículos, peças e motocicletas.

Apenas 13,9% das empresas relataram facilidade na capacidade de fabricar produtos ou atender clientes, enquanto 31,4% tiveram dificuldades e 54,4% não tiveram alteração significativa. A dificuldade no acesso ao fornecedor foi relatada por 46,8% e 44,1% não perceberam alteração. Obstáculos para realizar pagamentos de rotina foi sentida por 40,3% das empresas e 53% não tiveram alteração significativa.

Segundo os dados do IBGE, na segunda quinzena de agosto 85% das empresas em funcionamento mantiveram o número de colaboradores em relação ao período anterior, 8,1% diminuíram e 6,3% ampliaram o quadro de pessoal. Das 280 mil empresas que demitiram, 56,8% diminuíram o quadro em até 25%, sendo 55,8% delas empresas de menor porte, com até 49 trabalhadores.

Entre as medidas de prevenção da pandemia foram relatadas por 93,1% das empresas a realização de campanhas de informação e medidas extras de higiene, 28,6% mudaram o método de entrega, 25,7% adotaram o trabalho remoto, 20,1% anteciparam férias dos funcionários e 23,8% adiaram o pagamento de impostos.

O apoio governamental para adotar medidas para reduzir os impactos da pandemia foi relatado por 21,4% das empresas, sendo 47,9% das empresas que adiaram o pagamento de impostos e 61,6% das que acessaram linhas de crédito para o pagamento da folha salarial.

De acordo com Magheli, a situação geral das empresas melhorou, mas ainda não foram recuperadas as perdas provocadas pela pandemia da covid-19.

“Ao longo desses três meses, a percepção das empresas melhorou, mas o efeito de diminuição sobre as vendas, redução na capacidade de fabricar produtos ou atender clientes, dificuldades em acessar fornecedores e insumos e realizar pagamentos ainda faz parte da rotina das empresas”.



Fonte: Agência Brasil

Confiança empresarial retoma nível anterior à pandemia, aponta FGV

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) subiu 3 pontos em setembro, para 97,5 pontos. Com o resultado, o indicador retomou o patamar pré-pandemia, ficando 1,5 ponto acima do nível de fevereiro, último mês antes de a economia ser fortemente abalada pela crise do coronavírus.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 4,4 pontos, para 93,0 pontos, nível também superior ao de fevereiro (92,5 pontos). O Índice de Expectativas (IE-E) subiu 4,9 pontos, para 101 pontos, recuperando 97% das perdas de março-abril e atingindo a zona de neutralidade, em torno de 100 pontos.

Pelo lado das expectativas, os empresários manifestam certa neutralidade (nem otimismo nem pessimismo) em relação à evolução dos negócios nos próximos três a seis meses, exceto pelo setor industrial, que está otimista neste horizonte de tempo.

Apenas a confiança da Indústria subiu com força em setembro, passando a ser o primeiro setor a recuperar as perdas de março e abril. Comércio e construção caminham logo atrás, no sentido na neutralidade.

O setor de serviços registra uma recuperação mais lenta, principalmente em função da percepção desfavorável das empresas com relação à situação atual.



Fonte: www.globo.g1.com

BNDES lança linha de crédito voltada para Indústria 4.0

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou hoje (29) a nova linha Crédito e Serviços 4.0, que vai financiar serviços tecnológicos avançados e os chamados intangíveis, em especial voltados para a pequena e média empresa. 

A nova linha visa a modernização das empresas, estimulando a transformação digital e adoção de tecnologias 4.0. O financiamento é destinado a empresas, produtores rurais e ao setor público, e operacionalizado por meio de crédito indireto automático. O gerente de Clientes do BNDES, Gabriel Aidar, explicou que o objetivo é preparar as empresas para a implantação da manufatura avançada e viabilizar a implantação de soluções de cidades inteligentes.

Entre os serviços tecnológicos apoiados pela nova linha de crédito estão manufatura enxuta e avançada, digitalização, internet das coisas (IdC), desenvolvimento de novos produtos e processos, tecnologias industriais básicas, eficiência energética e redução de resíduos. O limite por operação é de até R$ 5 milhões. A participação do BNDES é de 100%, com 20% de giro associado. O prazo de pagamento é de até 120 meses, com prazo de carência de três a 24 meses.

“A gente financia inteligência, a capacidade de gerar contribuições em vários setores, em várias áreas”, disse o diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES, Bruno Laskowsky. Isso compreende tudo que é relacionado à digitalização, economia produtiva, manuseio de dados, Big Data, IdC, entre outros serviços, que somados aos financiamentos tradicionais podem levar ao crescimento da economia.


Marco da indústria

O lançamento da linha Créditos e Serviços 4.0 vai complementar a linha Finame Máquinas 4.0 para aquisição de máquinas compatíveis com o sinal de internet 5G e IdC. A Finame Máquinas 4.0 já tem cadastrados 119 itens e 50 fabricantes, informou o gerente de Clientes do BNDES, Gabriel Aidar. O diretor Bruno Laskowsky afirmou que o novo programa de financiamento é um marco estruturante para a indústria nacional. “O BNDES quer gerar impacto social, melhorar a vida das pessoas lá na ponta e incentivar a economia”, declarou.


Competitividade

O ministro substituto da Ciência, Tecnologia e Inovações, Julio Semeghini, sustentou que a ideia é que a transformação digital possa avançar no país. Segundo ele, o ministério tem trabalhado para que as chamadas tecnologias 4.0 possam abranger o Brasil como um todo. Em edital lançado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) recentemente, foram inscritos 1.190 projetos que solicitaram crédito de R$ 1,7 bilhão, e o edital só disponibilizava R$ 50 milhões. “Isso mostra como o Brasil está preparado para aproveitar a oportunidade da transformação digital”, disse Semeghini.

O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, destacou que quando se fala hoje em financiar desenvolvimento, está se falando de ativos intangíveis. “Eu enxergo a nova linha do BNDES como um exemplo, talvez o mais importante, porque a transição para a indústria 4.0 é um fenômeno que traz oportunidades fundamentais para nós hoje”. Costa não tem dúvida que a indústria 4.0 permitirá ao Brasil dar saltos de produtividade e, consequentemente, de emprego e renda. O secretário afirmou que a nova linha de crédito do banco será complementada por ações da Câmara Brasileira da Indústria 4.0.

Para o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, o Brasil não pode ficar de fora das tecnologias habilitadoras da indústria 4.0. “Nós precisamos disso”. 

Velloso completou que a melhoria da competitividade e da produtividade da indústria nacional passa por essas ferramentas. O diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, considerou que a evolução rápida da indústria tem sido preocupação também dos países desenvolvidos e o Brasil está precisando fazer o mesmo, de modo a aumentar a capacidade da indústria nacional para competir internacionalmente. Abijaodi comentou que o salto para a indústria 4.0 vai trazer desafios para os setores público e privado e vai ajudar na retomada da economia.

O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Rafael Lucchesi, observou, por sua vez, que os serviços tecnológicos são habilitadores da indústria 4.0. Ele acredita que a parceria com o BNDES terá desdobramentos importantes para a indústria brasileira ser mais competitiva e ganhar novos mercados.

O diretor presidente da Embrapii, organização social voltada à inovação na indústria, Jorge Almeida Guimarães, salientou que ao fomentar a digitalização das empresas, o BNDES contribui para prepará-las para a obtenção de crédito. A Embrapii tem atualmente 61 unidades cuja grande força é o conhecimento intangível para atender às demandas das empresas nacionais, em todos os segmentos da indústria 4.0.

De acordo com Guimarães, isso acontece porque a grande maioria das empresas brasileiras, sobretudo as de pequeno porte, não têm centros de pesquisa e desenvolvimento, que é o que a Embrapii oferece. Ele acredita que as tecnologias digitais modernas vão diminuir a distância entre as indústrias do Brasil e do mundo. Acrescentou que a meta da Embrapii é desenvolver a indústria nacional com vistas à internacionalização das empresas.



Fonte: Agência Brasil