Confiança da indústria atinge maior nível em nove anos

O Índice de Confiança da Indústria brasileira teve uma alta de 4 pontos na prévia de outubro, na comparação com o número consolidado de setembro. Com isso, o indicador chegou a 110,7 pontos, o maior patamar desde abril de 2011 (111,6 pontos), segundo informou hoje (21), no Rio de Janeiro, a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A alta de setembro para a prévia de outubro foi puxada principalmente pelo Índice da Situação Atual, que mede a confiança do empresário em relação ao presente e que subiu 5,9 pontos, chegando a 113,2 pontos.

O Índice de Expectativas, que mede a percepção dos empresários sobre o futuro, cresceu 2,2 pontos e atingiu 108,1 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) subiu 1,7 ponto percentual e chegou a 79,9%, o maior desde novembro de 2014 (80,3%). O resultado consolidado de outubro será divulgado pela FGV em 28 de outubro.



Fonte: Agencia Brasil

Pandemia faz triplicar número de brasileiros que compram produtos domésticos pela internet, diz Serasa

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (20) pela Serasa Experian mostrou que, diante da pandemia, quase triplicou o número de brasileiros que usam a internet para comprar produtos domésticos.

Segundo o levantamento, em março, quando tiveram início as medidas de distanciamento social para conter a disseminação do novo coronavírus no Brasil, 11% dos consumidores faziam compras online de itens domésticos, excluindo produtos alimentícios. Em julho, essa proporção saltou para 31%.

A compra de alimentos pela internet também aumentou no período. Segundo a Serasa, passou de 60% para 71% a proporção de consumidores comprando online alimentos para consumo em casa, seja produtos in natura ou refeições prontas.

“O cuidado com a saúde trouxe à população uma mudança de hábito que privilegia as compras e interações no ambiente virtual e essa tendência deve continuar após o isolamento social”, avaliou a diretora de Decision Analytics da Serasa Experian, Beatriz Raulino.

Segundo a Serasa, a expectativa é que as compras online aumentem 53% em até seis meses. A mesma pesquisa mostrou que 71% dos brasileiros afirmaram ter expectativa alta na entrega de uma experiência digital online.

“A mudança de comportamento trouxe maior conscientização para consumidores e empresários sobre o ambiente virtual. As pessoas estão mais atentas aos cuidados que devem ter ao realizarem compras ou transações nesse ambiente. As empresas perceberam que precisam de processos seguros e um atendimento eficiente para garantirem o retorno do cliente”, apontou Beatriz.

O levantamento mostrou, também, que os consumidores brasileiros apontaram maior confiança em fornecedores serviços de streaming (60%), seguido de fornecedores de tecnologia (56%) e sistemas de pagamento (55%).


Brasil lidera comércio eletrônico de produtos domésticos

A Serasa ouviu 3 mil pessoas em dez países para realizar o estudo sobre as mudanças nos hábitos de consumo diante da pandemia. Segundo a empresa, o Brasil lidera o maior crescimento de compras online de produtos domésticos.

Enquanto no Brasil o crescimento foi de 20 pontos percentuais (p.p.) entre março e julho, nos Estados Unidos foi de apenas 9 p.p., o segundo maior crescimento observado. Nos países da Ásia e Pacífico (Apac) e no Reino Unido, a alta foi de 5 p.p., enquanto nos países da Europa, Oriente Médio e África (Emea), de 4 p.p.

Os brasileiros se mostraram ainda mais adeptos às compras online de alimentos que os consumidores dos demais países pesquisados. Enquanto no Brasil 71% usam a internet para comprar comida em julho, nos Estados Unidos esse percentual era de 58%, no Reino Unido e Apac, 53%, e no Emea apenas 33%.


Economia na pandemia

A Serasa Experian enfatizou que a pesquisa apontou para uma mudança na relação dos consumidores brasileiros com o dinheiro. Um em cada quatro disse ter cortado gastos supérfluos.

Entre os entrevistados no país, 24% afirmaram que estão reduzindo gastos desnecessários e 21% estão economizando mais em fundos de emergência.

“Os momentos difíceis também podem ser boas oportunidades para reavaliar os hábitos de consumo. A educação financeira é muito importante para ajudar o consumidor a lidar com os seus recursos, principalmente em momentos adversos”, enfatizou a diretora da da Serasa Experian.



Fonte: www.g1.globo.com

Efeito pandemia acelera abertura de empresas por microempreendedores

A abertura de novas empresas, em especial os chamados MEIs, de microempreendedores individuais, deu um salto maior durante a pandemia do coronavírus. Pessoas que perderam o emprego ou tiveram salários reduzidos viram na criação de um negócio próprio a alternativa para obter renda extra. Com a redução ou o fim do pagamento da ajuda emergencial do governo, é possível que esse movimento siga em crescimento.

Dados do Mapa de Empresas, do Ministério da Economia, mostram que no segundo quadrimestre houve um saldo de 782,6 mil novas empresas, resultado da abertura de 1,114 milhão de CNPJs e de baixas de 331,5 mil. O número de aberturas, a maioria MEI, é o maior para o período desde 2010 e 2% superior ao do ano passado. Já o encerramento de atividades é o menor em quatro anos e também 17% abaixo do verificado no mesmo período de 2019.

Entre os novos microempreendedores, está Bárbara Camilo, de 31 anos, demitida em março após oito anos numa empresa de Belo Horizonte (MG). Junto com um casal de amigos que também ficou desempregado, ela abriu um MEI e, em junho, criou a Zé Donut. Eles começaram a produzir rosquinhas na própria casa, mas a clientela cresceu rapidamente e Bárbara decidiu alugar uma loja com mais equipamentos e espaço.

O casal preferiu não ir adiante e ela convidou o marido, que ficou desempregado um mês depois dela, e uma prima para se juntarem ao negócio. “Inauguramos a loja há 15 dias e já pensamos em ampliar, abrir espaço com mesas para que o cliente possa comer os donuts aqui e tomar um café”, diz ela.

O economista do Ibre/FGV Rodolpho Tobler afirma que o aumento de novas pequenas empresas já vinha ocorrendo nos últimos anos, mas teve impulso na pandemia. “As pessoas precisaram se reinventar, seja porque perderam o emprego ou precisam de renda extra.” Segundo ele, houve um processo de desburocratização para a abertura de empresas e, no caso do MEI, há benefícios para atrair a formalização de pequenos negócios, como cobertura previdenciária do INSS (aposentadoria por idade, auxílio-doença e salário-maternidade), ao custo de 5% do valor do salário mínimo.

Além disso, há incentivos estaduais. São Paulo, por exemplo, deu isenção de taxa de abertura de MEI por dois meses (até o próximo dia 25) e empresas de planos de saúde dão descontos para essa categoria.

“Com o auxílio emergencial caindo pela metade e a sinalização do governo de que pode acabar, as pessoas ficam cada vez mais com o orçamento apertado e começam a buscar novas fontes, e há uma proteção social com o MEI, mesmo que menor em relação a um trabalho com carteira assinada”, diz Tobler, que também vê no movimento de alta a retomada da economia, mesmo que lentamente.


Marketplace

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, lembra também da parceria da entidade com o Magazine Luiza, que permite aos empreendedores oferecerem seus produtos no marketplace da rede. Segundo o Magalu, a iniciativa já atraiu cerca de 7 mil participantes, 60% deles MEIs, que venderam no último trimestre R$ 1,8 bilhão. O Sebrae também avalia parcerias semelhantes com as Lojas Americas e o Mercado Livre, além de ter projeto para um marketplace próprio.

Melles, porém, teme por uma alta significativa na extinção de empresas pela Receita Federal ainda este ano em razão de inadimplência. O Sebrae tenta negociar uma “moratória” das dívidas até o próximo ano.

O País fechou o segundo quadrimestre com 19,289 milhões de empresas ativas, sendo 90% de pequeno porte e MEIs. Em setembro, houve novo saldo positivo de 252,8 mil empresas.

O crescente número de microempreendedores também impulsiona outras empresas. A Compufour, de Concórdia (SC), oferece cursos e softwares de gestão e, em maio, criou o ClippMei, ferramenta específica para gerenciamento de MEI. O presidente da empresa, Wagner Müller, conta que atraiu 1,2 mil clientes até agora, além de registrar alta de 10% na clientela de micro e pequenas empresas.


‘Não volto mais a trabalhar em banco’

Bancária por 19 anos, Kellen Chagas teve o salário reduzido no início da pandemia com o corte das gratificações. O marido, o personal trainer Felipe Augusto, perdeu alunos e também viu o rendimento despencar. Para tentar garantir uma renda extra, decidiram vender risotos e tábuas de queijo, pratos que eles costumavam preparar e sempre eram elogiados por amigos.

“No começo, vendíamos de três a quatro pratos por dia, mas logo passamos para 12 a 15”, conta Kellen. O casal de Goiânia (GO), que prepara os alimentos em casa, abriu a empresa Adorê Comedoria. Há um mês, Kellen pediu demissão do banco para se dedicar ao negócio e foi convidada por um amigo para outro projeto, de transformar uma distribuidora de bebidas em gastrobar, local que serve bebidas, petiscos e tábua de frios.

“O bar foi inaugurado no dia 6 deste mês e tivemos, inclusive, de dar uma parada no Adorê, mas até o fim do ano vamos abrir um local físico para ele também”, informa Kellen, que diz já estar tendo retorno financeiro com os negócios.

“O bar tem bom movimento e até teremos um show ao vivo, tudo muito controlado”, afirma ela, que é formada em Economia e tem 39 anos. “Não volto mais para o banco.”


‘Meu sonho é ampliar e poder empregar mais’

A corrida pelo ambiente virtual provocada pela pandemia levou o estudante de 19 anos João César Nogari a despertar o desejo de ser microempreendedor na área de design e marketing digital. Com as aulas suspensas na faculdade e sem interesse em seguir o curso online, ele trancou a matrícula do curso de Administração, abriu uma MEI em agosto e passou a oferecer serviços como criação de sites, controle de rede social e identificação visual.

“Comecei fazendo para amigos, mas um foi falando para o outro e apareceram vários interessados”, conta Nogari, que hoje tem 20 clientes para os quais oferece serviços eventuais, e sete fixos. Com o trabalho, diz ele, ganha mais de um salário mínimo por mês e, como mora com a mãe em Curitiba (PR), não tem tantos gastos. “Dá para me manter, mas meu sonho é me profissionalizar, ampliar a empresa e poder dar emprego a outras pessoas.”

Aos 21 anos, Larissa Mello contratou a primeira funcionária em sua loja Fashion Seasons em Bom Princípio (RS). Ela abriu o MEI em março para vender roupas pela internet e em sua casa. No último dia 10 abriu a loja física. “Com CNPJ posso comprar de atacadistas”, diz ela, que mantém o emprego em uma empresa de jeans.



Fonte: Estadão

Sebrae: negócios que inovaram na pandemia tiveram perdas menores

Um em cada quatro donos de pequenos negócios implementou alguma inovação desde o início da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os empresários que desenvolveram práticas inovadoras em seus negócios tiveram mais sucesso na melhora do nível de faturamento. Enquanto os pequenos negócios inovadores registraram perda de 32% da receita, as empresas que não inovaram tiveram um percentual de perda maior (39%).

Para incentivar a inovação entre as micro e pequenas empresas, o Sebrae está promovendo, ao longo deste mês, que marca o Mês da Inovação, uma série de palestras e cursos online, em áreas como inteligência artificial e digitalização dos negócios. Segundo a entidade, mais de 19 mil pessoas já se inscreveram e estão acompanhando a programação, que tem 250 horas de conteúdo gratuito na internet. Os empreendedores interessados podem se informar melhor sobre a programação na página da Jornada da Inovação, criada pelo Sebrae.

Entre os principais desafios para os micro e pequenos empresários na atualidade está justamente digitalização dos serviços. A empresária Idalegugar Fernandes e Silva de Castro, mais conhecida como Guga Fernandes, montou a primeira indústria de vitaminas e minerais das regiões norte e nordeste do país em 2013. Até o ano de 2018 a empresa alcançava rentabilidade muito modesta por meio de pontos de vendas localizados em pontos estratégicos das cidades onde atuava. Após um treinamento no Sebrae, ela abandonou a ideia de vender em pontos físicos e automatizou o comércio para o digital, usando principalmente redes sociais. Além disso, contratou uma equipe de funcionárias para fazer a revenda.   

“Com nossa transformação, saltamos de um lucro de R$ 15 mil mensais para R$ 200 mil. Isso é incrível, levou tempo e amadurecimento. Através das jornadas de imersão no meu negócio eu desenvolvi uma visão macro. Mesmo sabendo dos produtos de alta qualidade que tinha, só pensava em vendas locais. Com as redes sociais podemos chegar muito mais longe, podemos vender para o Brasil e para o mundo”, analisa Guga. A presença consolidada nas redes sociais também permitiu que a empresária enfrentasse a crise econômica decorrente da pandemia com mais estabilidade. 



Fonte: Agência Brasil

Produção de motocicletas aumenta 13,1% em setembro

A produção de motocicletas registrou alta de 13,1% na produção em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo balanço divulgado hoje (14) pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Foram montadas em setembro 105 mil motocicletas, o melhor resultado do ano até agora.

No acumulado do ano, a fabricação de motocicletas caiu 17,1%, com a fabricação de 693,5 mil unidades, contra 836,4 mil de janeiro a setembro de 2019.

Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a produção foi muito impactada no auge da pandemia do novo coronavírus, mas as fábricas têm conseguido recuperar parte das perdas nos últimos meses. “Desde a retomada gradual das atividades, as fábricas registram curva ascendente. Esse quadro se confirmou em setembro, quando alcançamos o melhor resultado do ano”, disse Fermanian.

As exportações acumulam queda de 18,8% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a setembro, foram vendidas para o exterior 23,6 mil unidades. A Argentina é o principal destino da produção brasileira exportada, com 7,2 mil unidades. Em seguida vêm a Colômbia (4,5 mil unidades) e os Estados Unidos (4,3 mil unidades).

Para este ano, a estimativa da Abraciclo é que sejam produzidas 937 mil motocicletas, uma retração de 15,4% em relação ao total fabricado em 2019.



Fonte: Agência Brasil

Pronampe ganha 3ª fase ‘turbinada’ que pode liberar mais R$ 33 bilhões a micro e pequenas empresas

Iniciativa de maior sucesso do governo lançado para socorrer as companhias que mais sofreram o baque da crise trazida pela pandemia de covid-19, o Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que ganhou popularidade entre os empreendedores por conta de seu juro baixo, terá uma terceira fase. Depois de já ter liberado R$ 32 bilhões em crédito, distribuídos para 465 mil micro e pequenas empresas, a próxima fase será aberta com o remanejamento de recursos de outro programa lançado no contexto da crise, o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE), conforme antecipado pelo Estadão/Broadcast.

O assunto vinha sendo debatido dentro da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (SEPEC) do Ministério da Economia e o plano é que até a próxima semana a proposta seja encaminhada ao Congresso. Segundo a subsecretária de Desenvolvimento de Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato da pasta, Antônia Tallarida, a nova fase será “turbinada”, já que a proposta incluirá uma mudança que permitirá maior alavancagem dos recursos, aumentando assim o dinheiro direcionado ao programa.

Com isso, os R$ 10 bilhões que virão do PESE permitirão que a terceira fase do Pronampe tenha um potencial de alcançar R$ 33 bilhões. “Durante a crise temos que nos adaptar e vamos dando foco no que funciona mais”, afirma Antônia, em entrevista ao Estadão/Broadcast. Segundo ela, o PESE pode ter registrado demanda menor do que o esperado inicialmente porque os empresários tinham como opção a suspensão dos contratos de trabalho, outra medida no contexto de mitigar os efeitos da crise.

Segundo Antônia, uma das críticas recebidas em relação ao programa era de que a alavancagem permitida com a garantia prestada pelo Fundo de Garantia de Operações (FGO) era muito baixa. Nas outras fases, a garantia foi de 85%, que agora passará para 30%, elevando o volume disponibilizado pelo Pronampe. A avaliação para essa mudança é que os riscos neste momento estão menores, já que as empresas estão retomando suas atividades, e a leitura é de que inadimplência “não deve ser algo fora do parâmetro”.

O Pronampe recebeu alta demanda tendo uma das razões os juros baixos, já que para liberar esse crédito os bancos não precisaram de muito requisito de capital. Agora, para a nova fase, Antônia afirma que haverá um ajuste na ponderação de risco para o desenho final ser concluído. Os juros, assim, podem ser um pouco maiores do que nas fases prévias. O que não muda é que o dinheiro do programa deve ser utilizado pelas empresas que acessarem a linha até o dia 31 de dezembro.

“Esses recursos podem ser essenciais na fase de retomada”, diz. Ela afirma que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil foram importantes interlocutores nesse processo e que o apetite das demais instituições financeiras, em especial os bancos privados, pode depender de como será o desenho final da linha.

A decisão de dar mais uma fase ao Pronampe ocorre quando as cinco linhas lançadas pelo governo no contexto da pandemia, para apoio das empresas, atingiu a marca de R$ 100 bilhões em crédito liberados. Além dos R$ 32 bilhões pelo Pronampe, R$ 61 bilhões foram concedidos pelo Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC), com a garantia do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI), administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o PESE, que acabou liberando R$ 6 bilhões em crédito até aqui.

Outra linha que entra nessa conta foi a capitaneada pelo Sebrae, com recursos do Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe). Não entraram os recursos que estão sendo distribuídos no programa PEAC-Maquininhas, empréstimo feito por meio das maquininhas de pagamento, com garantia os recebíveis.



Fonte: Estadão

Setor de serviços volta a crescer em setembro após relaxamento de restrições

O levantamento mostrou que o PMI de serviços do Brasil subiu a 50,4 em setembro, de 49,5 em agosto, primeira vez acima da marca de 50, que separa crescimento de contração, desde fevereiro.

“Os dados para setembro destacaram sinais preliminares de uma recuperação no setor de serviços do Brasil, após seis meses de contração devido à pandemia de Covid-19”, disse a diretora associada de economia do IHS Markit, Pollyanna De Lima.

Entretanto, o IHS Markit, que realiza a pesquisa, alertou que o dado sugere apenas taxa marginal de expansão, já que algumas empresas indicaram atividade menor em suas unidades, com entrevistados citando término de contratos, desemprego alto e impacto prolongado da pandemia sobre a demanda por seus serviços.

Ainda assim, o mês de setembro foi marcado por novos trabalhos e otimismo sustentado nas empresas.

As novas encomendas cresceram pelo segundo mês seguido diante da reabertura, embora a taxa de crescimento tenha sido moderada. Os novos trabalhos do exterior voltaram a cair, chegando a nove meses seguidos de contração, mas no mais fraco ritmo de perdas desde fevereiro.

As empresas de serviços viram seus custos aumentarem de novo em setembro, com evidências apontando preços mais elevados de energia, alimentos, combustíveis, materiais de higiene e de proteção pessoal.

As empresas absorveram os custos adicionais e reduziram os preços cobrados, porém à custa de nova redução nas folhas de pagamento.

A queda no emprego do setor de serviços foi marcante em setembro, mas a mais fraca desde que a atual sequência de reduções começou, em março.

Ainda assim, vários fornecedores de serviços brasileiros mantêm esperanças de que uma vacina para a Covid-19 será possível nos próximos 12 meses, o que sustentaria o crescimento da produção.

Em contrapartida, outros preveem que a pandemia continuará restringindo a atividade. O otimismo geral se manteve, mas caiu em relação a agosto e foi fraco em comparação com a média da série.

Com o retorno ao crescimento do setor de serviços e novo recorde de expansão para a indústria, o setor privado do Brasil cresceu pelo segundo mês seguido em setembro, com o PMI Composto marcando 53,6, de 53,9 em agosto.

“A notícia da retomada no setor de serviços complementou os resultados positivos da indústria. Isso se traduz em crescimento sustentado da atividade empresarial e novos trabalhos no setor privado”, completou De Lima. (Reuters)



Fonte: Diário do Comércio