As micro e pequenas empresas (MPE) conseguiram reverter a perda de empregos por conta da pandemia, sendo ainda as únicas a fecharem 2020, marcado pela covid-19, com saldo positivo no País. No vermelho até outubro, esses negócios inverteram o prumo e geraram 293,2 mil novos empregos no ano passado, mostra estudo do Sebrae obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast, e feito a partir de dados do Ministério da Economia.
Por sua vez, as médias e grandes empresas (MGE) caminharam na direção contrária e encerraram 193,6 mil postos de trabalho em 2020. Apoiado nos pequenos negócios, mostra o estudo do Sebrae, o Brasil gerou 142,7 mil empregos no ano passado.
De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a reação das micro e pequenas empresas já era esperada, considerando outras crises. “Nós já verificamos, em outros anos, que os pequenos negócios são os que reagem mais rapidamente a uma situação de crise, retomando a geração de novos postos de trabalho”, afirma, em nota ao Estadão/Broadcast.
Ele diz que o Sebrae tem negociado com o governo federal e com o Congresso no intuito de encontrar soluções para manter o socorro a pequenos empreendedores uma vez que a pandemia não acabou, e os negócios ainda seguem com faturamento comprometido frente ao patamar pré-crise. Uma das saídas, afirma, é um remédio já usado no ano passado: crédito.
“Continuamos em busca de uma solução para o problema do crédito – com a aprovação do projeto de Lei que torna o Pronampe uma medida permanente – e estamos negociando pela extensão de medidas voltadas à manutenção do emprego”, detalha o presidente do Sebrae.
No mês de dezembro, as micro e pequenas empresas foram o motor da geração de empregos no Brasil pela sexta vez seguida. Somados, os pequenos negócios criaram 22.731 postos de trabalho no período a despeito da pandemia. Segundo o Sebrae, os pequenos negócios foram os únicos a gerar empregos nesse último mês do ano, uma vez que as médias e grandes empresas mais demitiram do que contrataram no período. Como resultado, o Brasil perdeu 67,9 mil empregos em dezembro, mês importante para o comércio por conta das festas de fim de ano.
No detalhe
Na análise por segmento, os pequenos negócios da construção civil foram responsáveis pela maior geração de empregos em 2020. Foram 136,5 mil novos postos, equivalente a 46,6% do total no ano. Na sequência, as micro e pequenas empresas do setor de serviços criaram quase 51 mil vagas em 2020.
Na contramão, as médias e grandes empresas, conforme estudo do Sebrae, só registraram saldo positivo de empregos na indústria de transformação, com 13 mil novas vagas.
Já na divisão por estados, Roraima liderou o ranking anual, com a proporção de 107,5 empregados por 1.000 empregos na região. Pará aparece em segundo lugar, com 79,01 postos por 1.000 trabalhadores.
As vendas da indústria brasileira de máquinas e equipamentos totalizaram no ano de 2020 R$ 144,5 bilhões, resultado 5,1% superior ao registrado em 2019. No mês de dezembro, as vendas somaram R$ 13,4 bilhões, 36,7% superior ao obtido no mesmo mês de 2019. Os dados, divulgados hoje (27), são da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
“Após sucessivas retrações, o ano de 2020 encerra com a sinalização de normalização das vendas internas e melhoria das exportações para 2021”, disse a entidade em nota.
Dentre os segmentos que mais colaboraram com o aumento nas vendas estão máquinas para bens de consumo, em especial máquinas para madeira, alimentos e refrigeração.
O setor vendeu ao exterior, no ano passado, R$ 7,3 bilhões em equipamentos, montante 23,7% inferior ao registrado em 2019. Em dezembro, as exportações somaram R$ 759,2 milhões, 0,9% a mais que o obtido no mesmo mês de 2019.
“Ainda que o crescimento de dezembro seja modesto, o resultado sinaliza uma possível mudança de rumo das exportações em 2021. No acumulado do ano, as vendas externas de máquinas registraram a maior queda desde a crise de 2009”, ressaltou a entidade.
Empregos
A quantidade de pessoas ocupadas no setor de máquinas e equipamentos em 2020 superou a de 2019. Em dezembro, o setor fechou o ano com 326,5 mil postos de trabalho, quase 24 mil empregos a mais que o observado em 2019. “A forte recuperação na produção dos setores fabricantes de máquinas ferramentas, máquinas agrícolas, reservatórios metálicos e determinados componentes explicam este aumento”, disse a entidade.
De acordo com a Abimaq, a estimativa é que o setor consiga um aumento nas vendas em 2021 na faixa de 7%.
Termina na próxima sexta-feira (29) o prazo para a regularização e inscrição no Simples Nacional das micro e pequenas empresas que faturam até R$ 4,8 milhões por ano. A solicitação é feita exclusivamente pela internet, por meio do portal do Simples Nacional. Com o pedido aceito, a adesão retroagirá ao dia 1º de janeiro.
O Simples Nacional é regime tributário diferenciado, que reúne em um único documento de arrecadação os principais tributos federais, estaduais, municipais e previdenciários devidos pelas micro e pequenas empresas. O recolhimento, feito por esse documento único, deve ser pago até o dia 20 do mês seguinte àquele em que houver sido auferida a receita bruta.
Também poderão aderir ao Simples as empresas que estavam no Lucro Presumido ou Lucro Real e tiveram queda significativa no faturamento em 2020, por causa da pandemia. Essas empresas deverão cumprir o mesmo prazo. Em outra novidade, que vale excepcionalmente agora, o governo federal não excluiu empresas com débitos tributários em 2020 e as empresas optantes que estavam inadimplentes permaneceram no Simples em 2021.
No caso de empresas que ainda não eram optantes pelo Simples, no momento da opção o sistema responde automaticamente se há pendências com os fiscos federal, estadual ou municipal. Para a regularização de pendências com a Receita Federal ou com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional não é necessário que o contribuinte se dirija a uma unidade da Receita Federal, basta seguir as orientações para regularização de pendências no site da Receita Federal. Para a regularização de pendências com os estados, o Distrito Federal e municípios, o contribuinte deve procurar a Administração Tributária responsável.
O Ministério da Economia lançou hoje (20) o Balcão Único, um projeto que permitirá aos cidadãos abrirem uma empresa “de forma simples e automática, reduzindo o tempo e os custos para iniciar um negócio no Brasil”. A primeira cidade a aderir ao projeto foi São Paulo, que já disponibilizou o novo sistema no dia 15. A próxima cidade a oferecer a ferramenta será o Rio de Janeiro.
De acordo com o ministério, por meio de um formulário único e totalmente digital, empreendedores podem abrir empresas em apenas um dia e sem necessidade de percorrer vários órgãos públicos.
Tudo poderá ser feito no mesmo ambiente virtual: recebimento das respostas necessárias da prefeitura; registro da empresa; obtenção do número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e inscrições fiscais; desbloqueio do cadastro de contribuintes; recebimento das licenças, quando necessárias; e ainda o cadastro dos empregados que serão contratados. O Balcão Único permitirá ainda que os empreendedores possam, no momento da abertura da empresa, realizar o cadastro de empregados pelo e-Social.
Em nota, a pasta explicou que, segundo relatório do Banco Mundial, para abrir uma empresa nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo era necessário cumprir 11 procedimentos – alguns, em órgãos distintos – o que levava, em média, 17 dias e gerava um custo que representa 4,2% da renda per capita. Esses dados colocaram o Brasil na 138ª posição no quesito abertura de empresas, entre os 190 países avaliados pelo Banco Mundial.
“A transformação digital em um Balcão Único no modelo de one stop shop fará o Brasil ganhar posições no ranking mundial quanto à facilidade de fazer negócios”, disse o Ministério da Economia.
Depois de São Paulo e Rio de Janeiro, o governo federal quer expandir o sistema para todo o Brasil.
O projeto é liderado pela Receita Federal e pela Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital e foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
Diante desse cenário, o representante comercial terá que desenvolver importantes habilidades para vencer obstáculos, principalmente na liderança e na motivação de times comerciais.
Para te ajudar a não deixar a peteca cair, separamos alguns comportamentos essenciais para um líder de vendas:
1. EMPATIA PARA LIDAR COM A EQUIPE
O gestor comercial precisa desenvolver empatia em relação à equipe, demonstrando compreensão a respeito de questões pessoais.
2. RELACIONAMENTO COM CLIENTES
O bom relacionamento deve se estender aos clientes, criando um sentimento de proximidade.
3. MOTIVAR PRESENCIALMENTE OU A DISTÂNCIA
O gestor precisa sempre motivar os profissionais da equipe, presencialmente ou a distância.
4. MONITORAMENTO DE RESULTADOS
Monitorar os resultados permite reverter problemas antes que seja tarde demais.
5. CUIDAR DE SI MESMO
O líder de vendas também precisa desenvolver o hábito de cuidar da própria saúde, física e mental, para dar conta do que vem por aí.
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Após um 2020 de retração devido à pandemia do novo coronavírus, prefeitos de várias capitais brasileiras iniciaram a gestão com foco em planos de retomada econômica.
As ações anunciadas nos primeiros dias do ano englobam, de maneira geral, investimentos públicos em obras, qualificação profissional, diminuição de impostos, desburocratização para agilizar abertura de empresas e ofertas de créditos populares.
Em um segundo momento, após um possível arrefecimento da Covid-19, os gestores apostam em estratégias para reaquecimento do setor de turismo.
Em Florianópolis, o prefeito reeleito Gean Loureiro (DEM) fez uma live no primeiro dia útil da nova gestão para anunciar várias ações na tentativa de turbinar a economia da cidade, mesmo em meio à indefinição sobre o calendário nacional de vacinação.
Entre vários pontos, destacou um plano de capacitação e qualificação profissional. De acordo com o político, 20 mil empregos vão ser gerados em dois anos.
“Não podemos esquecer que o plano de retomada começa em um momento que ainda estamos lidando com a pandemia. Então, é essencial que as ações sejam planejadas e realizadas de forma segura para a população”, afirmou Loureiro.
O Floripa Mais Emprego engloba investimentos de R$ 25 milhões. A prefeitura promete entrar com R$ 7 milhões. O Sebrae-SC (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina) aportará R$ 5 milhões, e há um complemento de R$ 13 milhões provenientes do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalho).
“Esses recursos são possíveis porque a geração de emprego se dará pelo desenvolvimento econômico, que é puxado pela iniciativa privada”, declarou o vice-prefeito Topázio Silveira, responsável pela coordenação do programa.
A prefeitura promete abrir, até o fim deste mês, a Casa do Empreendedor, com serviços voltados para pessoas jurídicas. Também foi anunciado, dentro do plano de retomada, a ampliação do Floripa Simples, que permite abertura de empresas em apenas quatro horas em um processo totalmente digital.
Nos próximos dois anos, a meta, segundo dados apresentados pelo executivo da capital catarinense, é um investimento de R$ 300 milhões. Deste total, R$ 80 milhões vão ser aplicados em obras de construção civil e outros R$ 220 milhões investidos na área de saúde, saneamento e educação.
O fim do auxílio emergencial pago pelo governo federal tem preocupado os prefeitos. “A gente sabe que não adianta cuidarmos da saúde sem que tenhamos uma maneira de estimular o emprego”, disse Loureiro.
No Recife, o prefeito João Campos (PSB) promete implementar, nos três primeiros meses da gestão, um programa de crédito popular com juros abaixo de 1%.
O empreendedor que pagar as primeiras 11 parcelas em dia é liberado do pagamento da 12ª.
O objetivo do plano é impulsionar a economia local com o incentivo a pessoas que querem investir ou que já possuem negócio próprio.
O limite máximo de empréstimo é de R$ 3.000,00
“A gente via poder dar acesso também a quem está negativado para receber, com aquele período de carência. Nós vamos fazer, no mínimo, dez mil operações de crédito dessa por ano.” disse Campos em entrevista à imprensa local.
No primeiro ano, o aporte será de R$ 13 milhões. A ação foi uma das principais promessas de campanha.
O novo prefeito também planeja, nos primeiros cem dias da gestão, implementar o Invest in Recife, a primeira agência de fomento do município para fazer captação de recursos e interligação com mecanismos de qualificação profissional para atender novos investimentos.
Há também a intenção de fechar parcerias com empresas do Porto Digital, um dos mais relevantes parques tecnológicos do Brasil.
Em Curitiba, o prefeito Rafael Greca (DEM) já vinha propagando um plano de retomada econômica durante a campanha eleitoral.
Há previsão de aporte de, aproximadamente, R$ 1 bilhão em investimentos em obras, como a implantação de uma nova linha de ônibus e a reurbanização do bairro Caximba, um dos mais pobres da cidade, gerando 85 mil empregos.
O plano contém ações em outras diversas áreas e foca principalmente no auxílio às atividades produtivas de pequeno porte. Há um fundo que concede garantias aos empréstimos contraídos por empresários, no valor de R$ 10 milhões, com potencial de R$ 100 milhões.
Houve a ampliação das atividades simplificadas e a criação de um programa de apoio financeiro a artistas, com beneficiamento de 600 projetos.
Segundo a prefeitura, logo após o início da pandemia, Curitiba foi a primeira cidade a criar um fundo anticrise, que garante reserva financeira para situação de crise econômica, desequilíbrio fiscal ou calamidade pública.
“Fechamos todos os anos em azul. Saímos do vermelho, entregamos a prefeitura melhor, mais bonita e mais justa”, disse Greca durante cerimônia de posse, no dia 1º janeiro.
PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
Em Salvador, o prefeito Bruno Reis (DEM) definiu como prioridades para reativar a economia a busca de parcerias público-privadas, a atração de empresas do segmento de tecnologia e o lançamento de um novo pacote de obras da prefeitura. A meta é criar 50 mil novos empregos até o final do ano.
O primeiro passo para atingir tal meta foi uma minirreforma na estrutura da prefeitura, que criou uma secretaria específica para tratar de emprego e renda e outra focada em tecnologia e inovação.
“Queremos captar novos investimentos e perseguir a criação de novos postos de trabalho. Um dos nossos principais focos será atrair empresas de tecnologia, estimulando um novo vetor de crescimento econômico” afirma Reis.
Salvador tem a geração de empregos como um de seus problemas mais graves. A cidade possui uma taxa de desemprego de 17,5%, segunda maior dentre as capitais brasileiras. São 289 mil pessoas que estão sem trabalho, mas em busca de ocupação, segundo o IBGE.
Sem grandes indústrias, a capital baiana tem segmentos como serviços e turismo como principais bases da economia. Os dois setores foram fortemente atingidos pela pandemia do novo coronavírus.
Ainda no ano passado, a prefeitura lançou pacote voltado para investimento no turismo, com a capacitação de 7 mil trabalhadores. Reis promete mais estímulos para retomada do setor após o arrefecimento da pandemia.
Em Porto Alegre, o projeto de retomada do prefeito Sebastião Melo (MDB) é pautado pela bandeira da liberdade econômica.
Uma de suas promessas de campanha era a reabertura de todos segmentos econômicos limitados para evitar a proliferação da Covid-19.
Na primeira semana de trabalho como prefeito empossado, Melo derrubou restrições e permitiu ocupação máxima em shoppings e outros estabelecimentos.
Outra promessa de campanha de Melo era revogar os aumentos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) da gestão de seu antecessor, Nelson Marchezan Jr (PSBD). A mudança deve passar pela Câmara para ser efetivada.
A expectativa é que o projeto seja aprovado. Para ele, mesmo que a diminuição do IPTU derrube a arrecadação do município, as perdas podem ser compensadas pelos novos negócios facilitados com menos burocracia e impostos.
A intenção de consumo das famílias (ICF) subiu 0,7% em janeiro, na comparação com dezembro, e atingiu 73,6 pontos. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), foi a quinta alta consecutiva do índice, embora tenha sido o mais fraco desempenho para meses de janeiro desde o início da série histórica, em 2010.
No comparativo anual, houve recuo de 24,2%, É a décima retração consecutiva nessa base de comparação. De acordo com a CNC, desde abril de 2015, a ICF está abaixo do nível de satisfação, que é de 100 pontos.
Conforme a pesquisa, os indicadores atuais registram em janeiro os melhores níveis dos últimos meses. O item que mede a satisfação dos brasileiros com o emprego atingiu o maior nível desde maio de 2020, com crescimento de 0,2%, alcançando 88,9 pontos. Apesar da retração após o ajuste sazonal (-0,6%), a pontuação do ítem relacionado à renda passou de 78,8 para 79,5 pontos. Segundo a CNC, é o patamar mais alto desde junho do ano passado.
Outro destaque é o subíndice que avalia a perspectiva profissional dos brasileiros, impulsionado pelo aumento do indicador referente ao emprego atual. Segundo a pesquisa, foi o sexto avanço consecutivo (0,7%) no item, que atingiu o nível mais alto desde abril de 2020 (88,6 pontos).
Para a economista Catarina Carneiro da Silva, responsável pelo estudo, há uma recuperação gradual da percepção do mercado de trabalho no curto prazo, que já reflete positivamente, e de forma mais intensa, nas perspectivas para os próximos seis meses em relação ao futuro profissional.
Catarina destacou que a perspectiva de consumo também cresceu (0,2%) e foi a terceira alta seguida do item, que chegou a 67,9 pontos e alcançou o maior nível desde maio de 2020.
Duráveis
A ICF mostra o Momento para Duráveis como destaque entre os itens que compõem as condições de consumo. Após duas retrações consecutivas, o item teve a maior alta mensal da pesquisa (4,4%) e atingiu o melhor resultado desde maio de 2020., mas continua como o de menor pontuação na ICF (46,6 pontos).
O indicador Acesso ao Crédito teve o segundo avanço seguido (0,4%) e fechou o mês com 86,6 pontos. É o melhor resultado desde junho. Pela quinta vez consecutiva, o Nível de Consumo subiu, registrando agora a alta de 1,3% e atingindo a melhor pontuação desde maio do ano passado (56,9 pontos).
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, as altas mensais sucessivas do índice refletem a confiança dos brasileiros na recuperação econômica, especialmente com a proximidade do início da vacinação contra a covid-19 no país. Tadros afirmou que o Sistema CNC está à disposição para contribuir com a campanha. “É importante a validação e a agilização da compra e distribuição da vacina, ou das vacinas, para efetivar esse processo de retomada”, disse Tadros.
A pesquisa Intenção de Consumo das Famílias é um indicador antecedente criado para antecipar o potencial das vendas do comércio.
A produção industrial mostrou crescimento disseminado entre os parques fabris do País na passagem de outubro para novembro. Houve expansão em dez dos 15 locais que integram a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 14.
Na média global, a indústria nacional avançou 1,2% em novembro ante outubro. Em São Paulo, que responde por cerca de um terço de toda a produção industrial brasileira, houve crescimento de 1,5%.
“Esse crescimento pode ser atribuído ao setor de veículos, principalmente, e também ao setor de máquinas e equipamentos”, apontou Bernardo Almeida, gerente da pesquisa do IBGE.
Em novembro, a produção paulista já estava 6,0% acima do nível de fevereiro, no pré-pandemia, mas ainda operava 17,2% abaixo do pico alcançado em março de 2011.
Em relação a novembro de 2019, a indústria de São Paulo avançou 4,7%, a terceira alta consecutiva nesse tipo de comparação. Houve crescimento em 14 das 18 atividades industriais locais, mesmo sem qualquer influência do efeito calendário, uma vez que o mês de novembro de 2020 teve o mesmo número de dias úteis que novembro do ano anterior, ressaltou Almeida.
“A base de comparação do ano anterior não era uma base de comparação alta. Lembrando que o ritmo de produção antes da pandemia era de incertezas, como ainda é, com desemprego alto, número de contratações baixo, tomadas de decisões cautelosas. Tudo isso gerou uma certa cautela na cadeia de produção nesses setores e trouxe para esse ano de 2020 a mesma influência. A pandemia acentuou esse sentimento”, avaliou Bernardo Almeida.
O pesquisador ressalta que tanto a indústria paulista quanto a indústria nacional permanecem consideravelmente aquém dos patamares mais elevados já registrados na série histórica da pesquisa do IBGE.
“Não é retomada. A indústria ainda caminha num passo gradual, num passo cautelar, justamente pelas incertezas de toda essa conjuntura ainda a se desdobrar. Agora que a gente está saindo de um ano que realmente afetou essa produção da indústria, temos que esperar um pouco para saber se é um crescimento continuado ou se continua o ritmo cautelar que a gente observa desde o ano anterior”, concluiu Almeida.
A safra nacional de grãos deve atingir mais um recorde, o terceiro consecutivo, neste ano, com 260,5 milhões de toneladas, um crescimento de 2,5% em relação a 2020. As informações estão no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, a estimativa final para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2020 totalizou 254,1 milhões de toneladas.
A soja continua em alta: as estimativas iniciais de 129,7 milhões de toneladas indicam um aumento de produção de 6,8% (8,2 milhões de toneladas) em relação ao que foi colhido no ano passado e de 1,5% em relação ao segundo prognóstico, divulgado em dezembro.
Já para o milho é esperada uma queda de 1,5% (menos 1,5 milhão de toneladas) em relação a 2020, embora tenha havido um aumento de 1,6% frente à estimativa anterior.
“Em função dos preços mais compensadores da soja, em relação ao milho, os produtores são estimulados a ampliar suas áreas de cultivo da oleaginosa, que em 2021 deve representar mais de 57% da área total utilizada para o plantio de grãos do país”, disse, em nota, o analista de Agropecuária do IBGE, Carlos Barradas.
De acordo com o levantamento, a produção de algodão herbáceo, após três anos de recordes, deve chegar a 6,1 milhões de toneladas, com redução de 0,6% em relação ao segundo prognóstico e de 14% em relação ao que foi colhido em 2020.
“A safra de algodão herbáceo vinha crescendo para atender à demanda internacional. Mas o algodão é usado principalmente para a confecção de roupas e, com a pandemia da covid-19, essa demanda caiu, influenciando na decisão de plantio da próxima safra”, afirmou Barradas.
Para o arroz, esta terceira estimativa de 11 milhões de toneladas aponta aumento de 0,8% na produção em relação ao prognóstico anterior, mas ainda há declínio, também de 0,8%, em relação a 2020.
“Nos últimos meses, os preços do arroz atingiram patamares elevados, levando o governo a zerar as tarifas de importação para contê-los. O Rio Grande do Sul é responsável por quase 70% da produção nacional, e suas lavouras são irrigadas e associadas à alta tecnologia e manejo adequado, permitindo alcançar altas produtividades”, disse o analista.
Safra de 2020
A safra de grãos de 2020 somou 254,1 milhões de toneladas e também foi recorde. De acordo com a última estimativa do ano, ficou 5,2% (12,6 milhões de toneladas) acima da colheita de 2019 (241,5 milhões de toneladas).
O arroz, o milho e a soja somaram 92,7% da estimativa da produção e 87,1% da área colhida. Em relação a 2019, foi verificada alta de produção de 7,1% para a soja, de 7,7% para o arroz, de 2,7% para o milho (2,3% na primeira safra e 2,8% na segunda) e de 2,8% para o algodão herbáceo.
Entre as regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, com 121,7 milhões de toneladas (47,9%); Sul, com 73 milhões de toneladas (28,8%); Sudeste, com 25,7 milhões de toneladas (10,1%); Nordeste, com 22,6 milhões de toneladas (8,9%) e Norte, com 11 milhões de toneladas (4,3%).
Segundo o IBGE, estado do Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,7%, seguido pelo Paraná (15,9%), Rio Grande do Sul (10,3%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,7%) e Minas Gerais (6,2%), que, somados, representaram 80,1% do total nacional.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) selecionou o consórcio AWL como a aceleradora que executará, em conjunto com o banco, o Programa de Aceleração de Startups de Impacto – BNDES Garagem, que está em sua segunda edição. A chamada nacional para os empreendedores interessados está prevista para o segundo trimestre de 2021 e deve selecionar 45 empreendimentos para o primeiro ciclo do programa, que oferece gratuitamente aconselhamento técnico, jurídico e mercadológico para as iniciativas.
O consórcio escolhido é formado por Artemísia, Wayra Brasil e Liga Ventures, e foi declarado vencedor entre 10 propostas enviadas por 23 empresas. A seleção começou em 23 de outubro e teve duas fases de avaliação, definidas em edital lançado em setembro. A aceleradora participará das seleções de empreendedores de todo o Brasil interessados em participar e, além do aconselhamento, também buscará promover a aproximação dos empreendedores com investidores e potenciais clientes.
A segunda edição do BNDES Garagem terá como foco a criação e tração de negócios inovadores que gerem impacto socioambiental e promovam desenvolvimento sustentável. O programa terá três ciclos de aceleração, e, no primeiro, terão prioridade empreendedores que estão desenvolvendo soluções para saúde, educação, sustentabilidade, govtech (soluções tecnológicas para governos) e cidades sustentáveis. Cada ciclo vai durar de três a quatro meses e deve contar com até 45 participantes, chegando a um total de até 135 startups nos três ciclos.
Para prevenir a transmissão da covid-19, o primeiro ciclo será semipresencial. Para os próximos, a previsão é adotar funcionamento integralmente presencial, no Rio de Janeiro, o que dependerá da evolução da pandemia.
Ao fim de cada ciclo, será realizado um Demo Day no BNDES, com a apresentação dos trabalhos desenvolvidos a potenciais investidores e outros públicos de interesse. Como contrapartida pelo apoio no programa, os participantes deverão desenvolver as soluções propostas e o BNDES não exigirá participação acionária nos negócios.
A primeira edição do BNDES Garagem contou com 79 participantes, selecionados entre mais de 5 mil inscritos. Segundo o BNDES, 74 startups concluíram os ciclos do programa, e o grau de satisfação por parte delas foi de 75%.