O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,2% em maio, na comparação com abril, segundo divulgou nesta terça-feira (13) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o setor voltou a superar o nível em que se encontrava antes da pandemia, ficando 0,2% acima do patamar de fevereiro de 2020, refletindo a maior flexibilização das medidas restritivas que tinham sido adotadas em razão do agravamento do número de casos de Covid-19.
Foi o maior resultado para um mês de maio, na comparação com abril, de toda a série histórica da pesquisa. Na comparação com maio do ano passado, o setor avançou 23%, a terceira taxa positiva seguida e também a mais intensa da série histórica, iniciada em 2011.
No acumulado de janeiro a abril, o setor tem alta de 7,3%. Em 12 meses, porém, ainda está negativo, com perda de 2,2%.
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O setor de serviços é o que possui o maior peso da economia e o que mais emprega, e tem sido o mais afetado pelas medidas de restrição para conter o avanço da pandemia de coronavírus.
Esta é a segunda vez no ano que o setor retoma o patamar pré-pandemia. Em fevereiro, os serviços chegaram a alcançar um patamar 1,2% acima do verificado em fevereiro de 2020, antes de voltar a cair em março.
“Com dois meses seguidos de resultados positivos, o setor acumulou alta de 2,5%, ainda insuficiente para recuperar as perdas de março (-3,4%), mas dá sinais de aquecimento na maior parte dos seus segmentos de atividades. Mesmo assim, ainda se encontra 11,3% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014”, destacou o IBGE.
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Avanço em 3 das 5 grandes atividades
Das cinco grandes atividades investigadas pela pesquisa, 3 tiveram crescimento em maio, com destaque para o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,7%).
Veja abaixo a variação dos subgrupos de cada uma grandes atividades em maio:
- Serviços prestados às famílias: 17,9%
- Serviços de alojamento e alimentação: 18,0%
- Outros serviços prestados às famílias: 5,5%
- Serviços de informação e comunicação: -1,0%
- Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC): -1,6%
- Telecomunicações: 0,0%
- Serviços de Tecnologia da Informação: -1,9%
- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias: 2,0%
- Serviços profissionais, administrativos e complementares: 1,0%
- Serviços técnico-profissionais: 1,3%
- Serviços administrativos e complementares: 1,5%
- Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 3,7%
- Transporte terrestre: 3,3%
- Transporte aquaviário: -3,3%
- Transporte aéreo: 60,7%
- Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: 3,6%
- Outros serviços: -0,2%
Perspectivas
Assim como o setor de serviços, a indústria e o comércio também avançaram em maio, confirmando a expectativa de aceleração da recuperação da economia brasileira no segundo trimestre.
A produção industrial teve alta de 1,4% em maio após uma sequência de 3 quedas mensais. As vendas do varejo também cresceram 1,4% em maio, no 2º mês consecutivo de alta.
Sondagem da FGV mostrou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) continuou em alta em junho, atingindo o maior nível desde dezembro de 2013.
O mercado financeiro projeta atualmente um crescimento de 5,26% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2021. Já para a inflação oficial do país, a expectativa é de alta de 6,11% no ano.
Economistas têm destacado, porém, que uma recuperação mais consistente continua condicionada ao avanço da vacinação e também de uma melhora do mercado de trabalho e do aumento da massa salarial de rendimentos dos trabalhadores.
Fonte: www.g1.globo.com