Com pandemia, comércio online mais que dobra e já chega a 21% do total do varejo

“O resultado confirma com números a hipótese de que as empresas aceleraram o processo de digitalização ao longo da pandemia, principalmente para minimizar os impactos negativos da queda de circulação de pessoas nas lojas físicas“, observa o economista Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio, feita pela Fundação Getúlio Vargas.

Os dados fazem parte de um recorte especial da sondagem, obtido com exclusividade pelo Estadão. As vendas online, de acordo com os critérios adotados pelo estudo, incluem os negócios fechados no site, no aplicativo da loja e por WhatsApp.

A rápida digitalização ocorreu praticamente de maneira uniforme em empresas de todos os tamanhos: pequenas, média e grandes. Com a reabertura das lojas físicas, Tobler diz que pode haver uma certa correção nos próximos meses, mas ele acredita que muitas mudanças vieram para ficar. Ele argumenta que essa nova forma de vender atraiu novos consumidores de várias localidades do País e propiciou impacto favorável no negócio dos varejistas.

Impacto

Para avaliar o saldo líquido nas vendas do comércio provocado pelo abre e fecha e o impulso dado pelo comércio online, o economista comparou o desempenho de dois grupos de varejistas que atuam no online.

As empresas cuja fatia do e-commerce na receita está acima da média do setor conseguiram, desde de meados do ano passado até hoje, obter um desempenho melhor de vendas em relação ao grupo de companhias cuja participação do online nos negócios está abaixo da média de mercado.

O economista destaca dois momentos importantes que mostram que as empresas mais digitalizadas estão à frente das menos digitalizadas em desempenho de vendas. O primeiro momento foi no fim do ano passado, quando a recuperação do comércio foi puxada pelas varejistas cujas vendas do online respondiam por uma fatia maior do que a média dos setor, de acordo com informações apontadas pela sondagem, levando em conta o nível de demanda atual.

O outro momento foi no início deste ano, com a segunda onda da pandemia. O estudo mostra que todo o varejo foi afetado por causa das restrições mais severas ao funcionamento das lojas físicas. No entanto, as companhias com participação das vendas online no faturamento acima da média do mercado sofreram menos e registram uma demanda ainda importante por seus produtos, observa Tobler.

Outro resultado significativo apontado pela sondagem da FGV é que 49,7% das empresas – quase a metade – não faziam nenhuma venda online antes da pandemia. Em julho do ano passado, essa fatia tinha recuado para 28,4% e em junho este ano estava em 20,2%.

Isso significa que quase 80% de todas as varejistas consultadas pela sondagem faziam uso de canais digitais. Esse número é ainda mais significativo para as empresas de grande porte, com mais de 90% das companhias usando canais online. Já as empresas de menor porte continuam mais resistentes à digitalização, com quase 30% do número de varejistas focadas só nas lojas físicas.



Tendência

Com a avanço da vacinação e a reabertura da economia, Tobler acredita que a tendência é de estabilização das vendas do varejo como um todo por causa da concorrência maior dos gastos com serviços que ficaram de lado na fase mais crítica da pandemia.

Mesmo assim, Tobler acha que a fatia das vendas online no comércio varejista brasileiro como um todo, que girava em torno de 5% antes da pandemia, possa fechar este ano em 10%.


40% das vendas da Novo Mundo já são pela web

Fundada em 1956, em Goiânia (GO), a rede regional Novo Mundo, especializada na venda móveis e eletroeletrônicos, foi uma das companhias que aproveitaram a pandemia para acelerar a digitalização.

Desde o ano 2000, a varejista vendia por meio do seu site, além das lojas físicas espalhadas por nove Estados nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste e no Distrito Federal. “Antes da pandemia o online representava 22% do nosso faturamento e hoje responde por 40%”, diz Matheus Sepulveda, diretor da Novo Mundo Digital.

Além do site, sob o guarda-chuva do online hoje estão as vendas feitas por meio do aplicativo da loja, WhatsAppmarketplace da varejista e todos os negócios fechados que foram influenciados pelo meio digital.

O diretor conta que a venda do online cresceu 58% no ano passado, na comparação com 2019 e garantiu que a empresa como um todo repetisse a receita do ano anterior.

Com o fechamento das lojas físicas por causa da crise e sanitária, a varejista implementou as vendas por meio de WhatsApp e aplicativo. Mas o grande impulso veio com a digitalização das lojas físicas no período. “Já tínhamos acordado para o digital, mas realmente a pandemia acelerou essa mudança”, diz Sepúlveda.

As 139 lojas tradicionais passaram por uma reforma radical no modo de operar para se consolidar num formato multicanal. Os vendedores passaram a ser consultores e ficaram responsáveis pela venda como um todo, da escolha do produto na loja física ou no meio online até o pagamento. As vendas online e as das lojas físicas passaram a atuar de forma integrada, com o consumidor podendo comprar no site e retirar na loja ou escolher na loja e comprar no site.

Além disso, as lojas viraram minicentros de distribuição, dando mais agilidade às entregas das compras feitas online. “Hoje nas capitais entregamos as compras online em até duas horas”, diz o diretor.

A transformação da 139 lojas físicas tradicionais para o formato multicanal custaram à companhia R$ 75 milhões. No mês passado, a varejista retomou o plano de abertura de lojas. Foram cinco novos pontos de venda em setembro. “Queremos aumentar a capilaridade nos Estados onde estamos”, diz Sepulveda. A empresa, que neste ano deve faturar R$ 1,2 bilhão, quer abrir mais três lojas até dezembro e 20 em 2022. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Fonte: www.6minutos.uol.com.br

Confiança do empresário industrial fica estável em outubro, diz CNI

Pelo 15º mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) está positivo, mas em um cenário de estabilidade, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O ICEI variou de 58 pontos para 57,8 pontos entre setembro e outubro deste ano.

O otimismo, no entanto, está mais moderado que o observado entre junho e agosto de 2021, quando o Icei superou 60 pontos. O índice varia de uma escala de 0 a 100 e, por se situar acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança, indica que os empresários da indústria estão confiantes. A média histórica do Icei é de 54,1 pontos.

De acordo com a pesquisa, não houve variação significativa nos componentes do índice em outubro. O Índice de Condições Atuais variou 0,7 ponto para baixo e ficou em 51,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas não variou, permanecendo em 60,9 pontos. Para a CNI, como ambos os componentes do Icei estão acima dos 50 pontos, isso indica que a avaliação das condições atuais é positiva na comparação com os últimos seis meses e que as expectativas para os próximos seis meses são otimistas.

Para a pesquisa, a CNI entrevistou 1.488 empresários entre 1º e 7 de outubro, sendo 607 de pequenas empresas, 543 de médias e 338 grandes empresários.



Fonte: Agência Brasil

Serviços crescem 0,5% e atingem maior patamar desde novembro de 2015

O setor de serviços teve um crescimento de 0,5% em volume na passagem de julho para agosto deste ano. Foi a quinta alta consecutiva do indicador, que atingiu o maior nível desde novembro de 2015.

Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor acumula alta de 6,5% em cinco meses e encontra-se 4,6% acima do patamar de fevereiro de 2020, ou seja, do período pré-pandemia de covid-19.

O volume de serviços também se expandiu na comparação com agosto do ano passado (16,7%), no acumulado do ano (11,5%) e no acumulado de 12 meses (5,1%).


Expansão

Quatro das cinco atividades de serviços tiveram alta de julho para agosto: informação e comunicação (1,2%), transportes (1,1%), serviços prestados às famílias (4,1%) e outros serviços (1,5%).

A única queda veio dos serviços profissionais, administrativos e complementares, que recuaram 0,4% no período.

A receita nominal dos serviços teve altas de 1% na comparação com julho deste ano, de 20,7% em relação a agosto de 2020, de 13,5% no acumulado do ano e de 6,6% no acumulado de 12 meses.



Fonte: Agência Brasil

Core-CE – Entrega carteiras

Representantes Comerciais, o momento de receber a carteira do Core-CE chegou!

O link para participação será enviado para o e-mail cadastrado no Core-CE para os profissionais que receberam as carteiras. Importante destacar que o fato de ainda não ter recebido a carteira não impede o representante comercial de trabalhar de forma regular!

Dia 28 de Outubro às 15hs

Inscreva-se antecipadamente para esta reunião:
https://us02web.zoom.us/meeting/register/tZMsf-2grz4sH9D-engCLy-YzI6bD5F6yEfc

Após a inscrição, você receberá um e-mail de confirmação contendo informações sobre como entrar na reunião!

Core-SP – Cursos

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Quais competências e habilidades serão necessárias para o profissional neste mercado pós pandemia?

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Pequenos negócios de confecção de roupas têm grande potencial para exportação, aponta estudo

As micro e pequenas empresas do setor de confecção de roupas e acessórios são as que mais têm potencial para exportar seus produtos, segundo estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com a pesquisa, as 10 atividades entre os pequenos negócios que têm maiores chances de se beneficiar do mercado internacional são:

  • Confecção de roupas e acessórios;
  • Fabricação de produtos alimentícios;
  • Conservas de frutas, legumes e outros vegetais;
  • Móveis;
  • Sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal;
  • Produção de lavouras permanentes (cultivo perenes, como café, maçã e laranja, por exemplo);
  • Laticínios;
  • Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais;
  • Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada;
  • Fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos.

“São negócios que possuem produtos com características territoriais muito fortes, que trazem a marca Brasil e suas diversidades, que despontam como oportunidades em potencial e que devem começar a analisar as possibilidades de exportação e a se preparem para ampliarem as suas fronteiras”, afirma Carlos Melles, presidente do Sebrae.


Confecção de roupas

Em 2019, o setor de confecção de roupas e acessórios contava com mais de 42 mil micro e pequenas empresas, responsáveis por quase 370 mil postos de trabalho formal, de acordo com o estudo.

A pesquisa mostra que as oportunidades de exportação estão, principalmente, em 18 estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

As confecções para uso feminino têm destaque no setor, principalmente com os seguintes produtos:

  • Camisetas de malha
  • Maiôs e biquínis
  • Calças
  • Shorts

Os principais destinos identificados como oportunidades para exportação dos produtos desses negócios são:

  • Argentina
  • Bolívia
  • Chile
  • Equador
  • Estados Unidos
  • Panamá
  • Paraguai
  • Peru
  • Portugal
  • Uruguai

“O potencial exportador para esses países pode ser explicado por aspectos como distância geográfica, posição de mercado dos produtos brasileiros e ambiente de negócios facilitado por acordos comerciais”, explica Melles.


Cenário

Em 2019, o Brasil ocupava a 27º posição na lista dos maiores exportadores mundiais, segundo ranking da Organização Mundial do Comércio (OMC). Naquele ano, as exportações do país alcançaram aproximadamente US$ 221,1 bilhões, com queda de 4,6% na comparação com 2018. Em 2020, as exportações do país registraram nova contração de 5,4%, totalizando o valor de US$ 209,2 bilhões.

O estudo ressalta que esses número correspondem a um panorama geral, com a principal atuação de grandes empresas, muitas multinacionais. Portanto, não representam padrões de atuação e acesso a mercados que possam ser facilmente adotados por micro e pequenas empresas.

“Cabe conhecer e analisar peculiaridades do ambiente de negócios pertinentes às micro e pequenas empresa, e identificar, em nível geográfico estadual, os setores que apresentam estrutura produtiva e que, apesar de ainda exportarem de forma tímida, possuem características que despontam como oportunidades em potencial”, aponta o estudo.

Melles ressalta a importância dos pequenos negócios à economia brasileira e para a geração de empregos no Brasil. Só entre janeiro e março deste ano, as micro e pequenas empresas criaram 587 mil novos postos de trabalho com carteira assinada no Brasil, 70% do total de empregos gerados no período.

Há, pelo menos, 50 setores em todos os estados brasileiros das cinco regiões com potencial para exportar, segundo a pesquisa.

“Esse trabalho tem a intenção de fazer com que os empreendedores, de acordo com o seu setor e território, conheçam melhor o mercado internacional e preparem seus produtos para ultrapassar as fronteiras”, afirma Melles.

O presidente do Sebrae explica que um dos pontos relevantes do estudo é que ele utiliza as distâncias entre os estados produtores e o país de destino para diminuir o custo logístico, além do idioma oficial do país de destino.

“Essa é uma das formas de medir a aproximação cultural, que tende a facilitar os negócios, especialmente para as micro e pequenas empresas que, em geral, possuem uma estrutura administrativa enxuta, sem um setor exclusivamente dedicado ao comércio exterior”, diz.



Fonte: www.g1.globo.com